Febre amarela: pessoas com câncer devem se vacinar? Oncologista lista 5 orientações para os pacientes

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 29/01/2018 às 11:33
A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela, mas tem suas indicações específicas. Nem todas as pessoas estão liberadas para se imunizar contra a doença (Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem)
A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela, mas tem suas indicações específicas. Nem todas as pessoas estão liberadas para se imunizar contra a doença (Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem) FOTO: A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela, mas tem suas indicações específicas. Nem todas as pessoas estão liberadas para se imunizar contra a doença (Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem)

O aumento do número de casos de febre amarela no Brasil preocupa a população e, consequentemente, lota os postos de saúde na busca pela vacina, que tem indicações específicas. Para orientar sobre o assunto, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) reuniu informações para um público que, muitas vezes, apresenta um quadro imunológico fragilizado: a pessoa com câncer.

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Diretor da SBOC, Rodrigo Munhoz  diz que cresce diariamente o número de pacientes com a doença que vai aos consultórios médicos para perguntar se deve ou não tomar a vacina. “De forma geral, a orientação é que os riscos e benefícios da vacina devem ser discutidos individualmente pelo paciente com o seu oncologista. Trata-se de um assunto de extrema importância para o paciente oncológico, uma vez que a imunização tem algumas particularidades nessa população”, explica.

No entanto, segundo Rodrigo Munhoz, em alguns cenários específicos, é recomendável evitar a vacinação contra a febre amarela.

Confira:

1. Pacientes recebendo quimioterapia venosa ou oral, ou ainda terapia-alvo (exceto rituximabe e obinutuzumabe), não devem receber a vacina durante o tratamento e por até três meses após o término do mesmo

2. Pessoas em tratamento com medicamentos como rituximabe, obinutuzumabe ou imunoterapia, bem como aquelas tratadas com fludarabina, não podem receber a vacina durante e por até seis meses após o término do mesmo

3. Pacientes com histórico de transplante de medula óssea não devem receber a vacina por até 24 meses após o transplante. A vacina pode ser realizada apenas naqueles sem evidências de doença enxerto-versus-hospedeiro e fora de uso de medicamentos imunossupressores

4. Paciente em uso de corticoides em doses imunossupressoras, usadas para diminuir ou impedir que o organismo apresente resposta imune, não devem receber a vacina durante o tratamento e por até 4 semanas após o término do mesmo

5. Pessoas com mais de 60 anos e aqueles que apresentam outros problemas de saúde, histórico de alergias (sobretudo a ovos ou gelatina) ou reações prévias a vacinas devem consultar um profissional médico antes de receber a vacina