Nesta Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, que vai até 21 de dezembro e tem como objetivo conscientizar para a importância da doação, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) lembra que uma de suas principais necessidades é a manutenção dos dados cadastrais de doadores atualizados. O número de pacientes em busca de transplante de medula óssea é grande no Brasil. Em 2015, foram 1.446 novos casos em busca de doadores; em 2016, um total de 1.536 e, neste ano, já são 1.522 novos pacientes que entraram para busca.
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Ainda existe uma lacuna na procura por doadores relacionada à atualização dos cadastros, já que 30% dos possíveis doadores que apresentam uma compatibilidade inicial com algum paciente não podem ser contatados.
"A identificação de um doador compatível é um grande desafio para os pacientes que necessitam de um transplante de células-tronco hematopoéticas e, apesar de termos o terceiro maior registro do mundo, muitas vezes esta doação não ocorre porque não conseguimos localizar o doador compatível em tempo hábil", destaca a coordenadora do Redome, Danielli Oliveira. "Assim, é fundamental lembrarmos aos nossos mais de 4 milhões de doadores sobre a importância de atualizarem seus cadastros garantindo que eles serão contactados e poderão realizar a doação, concluindo o gesto de solidariedade que iniciaram com seu cadastramento no Redome."
Com o maior número de doadores acessível através de telefones e endereços corretos, é possível agilizar o contato e a confirmação da compatibilidade. Para se ter uma ideia, em 2015, 47% dos pacientes que encontraram um doador compatível para realizar o transplante, finalizaram a procura dentro do prazo médio de 90 dias. Em 2016, 57,3% e, em 2017 (dados até novembro), 64,9%.
Os números de transplantes também são crescentes: em 2015, foram 299 realizados através de buscas por doadores não aparentados. Em 2016, esse número alcançou 381 pacientes e, até novembro de 2017, foram 349 transplantes. Dez anos atrás, em 2007, o número de transplantes realizados era de 136 no total.
Saiba mais
O transplante de medula óssea é um tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas. É realizado através da substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células sadias da medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável.
É indicado para doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico, pacientes com leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios e do baço, além de anemias graves (adquiridas ou congênitas). Outras doenças, não tão frequentes, também podem ser tratados através de transplante de medula, como as mielodisplasias, doenças do metabolismo, doenças autoimunes e vários tipos de tumores.
Para se tornar um doador de medula, basta procurar um Hemocentro e retirar um pouco de sangue para testes realizando um cadastro com dados atualizados. Já para atualizar os dados, é ainda mais simples; basta acessar: https://redome.inca.gov.br/doador-atualize-seu-cadastro.
É necessário:
– Ter entre 18 e 55 anos
– Estar em bom estado geral de saúde
– Não ter doença infecciosa ou incapacitante
– Não ter histórico de doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico
– Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso
A lista de hemocentros que realiza os cadastros está disponível em: https://redome.inca.gov.br/doador/hemocentros/.
Mais informações sobre doação de medula óssea: www.redome.inca.gov.br .