Desconhece a relação entre tontura e labirintite? Especialista esclarece

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 02/07/2017 às 15:21
Cerca de 80% dos casos de tontura têm relação com o labirinto, parte do ouvido que ajuda a manter o equilíbrio do corpo (Foto: Pixabay)
Cerca de 80% dos casos de tontura têm relação com o labirinto, parte do ouvido que ajuda a manter o equilíbrio do corpo (Foto: Pixabay) FOTO: Cerca de 80% dos casos de tontura têm relação com o labirinto, parte do ouvido que ajuda a manter o equilíbrio do corpo (Foto: Pixabay)

Quem nunca sentiu aquela desconfortável tontura? Sensação de desequilíbrio, dificuldade para focar os objetos e perda temporária da visão são alguns das manifestações que acompanham a sensação. Também conhecida como 'vertigem', a tontura pode ser indício de quadros clínicos diversos, como alterações da pressão arterial, anemia e até ansiedade. Mas sabia que cerca de 80% dos casos têm relação com o labirinto, região interna da orela que auxilia a manter o equilíbrio do corpo?

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Quando há uma inflamação do labirinto, também chamado de 'ouvido interno', ocorre o que conhecemos como a labirintite. “A tontura é um dos principais sintomas da labirintite, acompanhada de vertigem (sensação rotatória) e diminuição da audição”, explica o otorrinolaringologista Fernando Botelho, do Hospital de Olhos de Pernambuco (Hope). Alguns pacientes também apresentam outros sintomas, como sensação de pressão ou (zumbido) nos ouvidos, dor de cabeça, náusea e vômito. “Esses são alguns sinais que indicam que é preciso procurar um especialista. A tontura, por si só, não caracteriza a labirintite”, acrescenta.

O diagnóstico é feito através de exame físico e avaliação otoneurológica completa. O médico também observará o histórico clínico do paciente. O tratamento inclui mudanças nos hábitos alimentares – evitando o sal, alimentos ricos em açúcar, frituras, bebidas alcoólicas e estimulantes, como o café – ingestão de água e sucos, repouso durante as crises e uso de medicações. Fatores como movimentar bruscamente a cabeça, locais muito barulhentos e ler em movimento (no carro ou em outros transportes) podem agravar os sintomas.

Vale lembrar que, além das infecções e inflamações, a labirintite pode ter origem em outras causas. Doenças metabólicas, como a diabetes, distúrbios neurológicos e o estresse são algumas delas. “Só após identificar a causa e intensidade da labirintite será possível definir o tratamento”, reforça o médico.