Pernambuco confirma 358 casos de microcefalia. Outros 491 ainda não têm diagnóstico

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 01/06/2016 às 10:52
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Imagem de recém-nascido com microcefalia (Foto: Edmar Melo / JC Imagem) Todos os casos de crianças com microcefalia relacionada ao vírus zika serão investigados, assegura Ministério da Saúde (Foto: Edmar Melo / JC Imagem)

Pernambuco já notificou 1.982 casos suspeitos de microcefalia entre 1º de agosto de 2015 e 28 de maio deste ano. Entre os registros, 855 casos (43%) atendem aos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a malformação congênita. Até o momento, 358 foram confirmados como microcefalia, 1.133 foram descartados e 491 continuam sem diagnóstico fechado. Os dados foram divulgados na manhã desta quarta-feira (1º) em novo boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES).

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O órgão também registrou 35 casos de bebês natimortos e 30 recém-nascidos que faleceram logo após o nascimento. Segundo a secretaria, os casos não tiveram microcefalia como causa básica da morte.

Já em relação aos registros da malformação relacionados ao zika vírus, o Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/Fiocruz e o Instituto Evandro Chagas confirmou 164 casos da doença através de detecção laboratorial. Outros 126 casos deram negativos e 04 inconclusivos, totalizando 294 testes realizados.

Desde 2 de dezembro de 2015, data em que a notificação de gestantes com exantemas se tornou obrigatória, até o fechamento do último boletim, foram notificados 4.285 casos de grávidas com esse quadro clínico. Desse total, 26 possuem detecção de microcefalia intra útero.

A SES ressalta que a notificação das mulheres com exantema não significa necessariamente casos suspeitos de dengue, chicugunha ou zika. Outros fatores podem ter ocasionado as manchas vermelhas, como rubéola, intoxicação e alergia. O exantema também não é indicativo que a mulher terá um bebê com microcefalia.