A automedicação, alertam especialistas, pode mascarar doenças mais graves ou desencadear reações perigosas, como hemorragia e distúrbios hepáticos (Foto: Free Images)
Se você é daqueles que não podem começar a sentir dores no corpo, uma coriza insistente ou espirros constantes e já passam na farmácia para comprar remédios vendidos para combater com esses sintomas, é melhor pensar seriamente em acabar com esse péssimo hábito. A automedicação, alertam especialistas, pode mascarar doenças mais graves ou desencadear reações perigosas, como hemorragia e distúrbios hepáticos.
"A automedicação geralmente mascara a doença e dificulta um diagnóstico preciso pelo médico. A pessoa acha que está com um resfriado e, na realidade, pode estar com dengue ou alguma doença imunológica. Fora isso, nenhuma medicação é imune de dar prejuízos ao paciente e pode causar alguma reação, como uma hemorragia, alergias ou problemas hepáticos e renais", alerta a infectologista Ana Henrique, do Hospital Santa Joana, no Recife.
Apesar de muito populares nas farmácias, esses medicamentos servem apenas como paliativos. "O resfriado comum geralmente não tem medicação efetiva; é uma doença autolimitada. Ou seja, tem começo, meio e fim. É preciso ter cuidado para o quadro não evoluir para uma infecção secundária, como uma pneumonia ou sinusite. Esses medicamentos ajudam apenas a melhorar os sintomas", explica.
Por estarem associados a componentes analgésicos, o paciente geralmente se sente um pouco melhor. "É uma medicação muito utilizada para vendas de farmácia, mas raramente se tem uma prescrição médica com esses medicamentos. O ideal é procurar um médico e tomar bastante líquido. Se tiver febre, tomar no máximo um antitérmico", orienta a médica.
Resfriado ou gripe?
Apesar de doenças causadas por vírus diferentes, gripe e resfriado têm sintomas distintos. "A gripe é uma doença mais séria porque deixa o paciente acamado e com febre. Já o resfriado é menos sério e dura de quatro a cinco dias", explica a infectologista Ana Antunes. Em muitos casos, a recomendação da especialista para evitarmos a gripe é fazer a vacinação preventiva. "A pessoa acaba ganhando muito mais do que tomando medicamentos que, nem sempre, são adequados", defende.
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A vacina para a gripe é indicada para idosos acima de 60 anos, crianças de 6 meses a 5 anos, profissionais de saúde, população indígena e gestantes. Os interessados podem procurar a vacinação nos postos de saúde do município.