Contra a gripe, seu escudo é a vacinação, alerta campanha do Ministério da Saúde

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 30/04/2015 às 18:54

Campanha reforça o conceito de proteção, além de explorar a imagem do escudo empunhado pelo Zé Gotinha, personagem-símbolo da vacinação (Foto: Rondon Vellozo/MS) Campanha reforça o conceito de proteção, além de explorar a imagem do escudo empunhado pelo Zé Gotinha, personagem-símbolo da vacinação (Foto: Rondon Vellozo/MS)

A chegada do inverno acende um sinal de alerta para as doenças respiratórias, como a gripe. Pensando nisso, o Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (30) a 17ª Campanha de Vacinação contra a Gripe para 2015, que tem como slogan Contra a gripe, seu escudo é a vacinação. A ação reforça o conceito de proteção, além de explorar a imagem do escudo empunhado pelo Zé Gotinha, o personagem-símbolo da imunização. A campanha, que terá início no dia 4 de maio, disponibilizará 2 milhões de doses ao Estado de Pernambuco, que terá como meta a vacinação de mais de 1,6 milhão de pessoas que fazem parte do grupo prioritário por ter risco para complicações pela doença.

Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, é fundamental realizar a imunização no período da campanha para garantir a proteção antes do início do inverno. O período de maior circulação da gripe vai de final de maio a agosto.

Em todo o país, 49,7 milhões de pessoas devem ser vacinadas. Para isso, serão distribuídas 54 milhões de doses. A meta é garantir a vacinação de 80% do público-alvo até o fim da campanha, no dia 22 de maio.

A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde protegerá a população contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para este ano (A/H1N1; A/H3N2; influenza B). O público-alvo da campanha é formado por crianças de 6 meses a menores de 5 anos, pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores da saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.

Também serão vacinadas pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais. A definição dos grupos prioritários segue a recomendação da OMS, além de ser respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, cujo principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

"A vacina que oferecemos no Sistema Único de Saúde é muito segura e é fundamental para evitar internações, além de reduzir em até 75% o número de óbitos", informou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

É importante levar o cartão de vacinação e o documento de identificação para receber a dose. As pessoas com doenças crônicas ou com outras condições clínicas especiais também precisam apresentar prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina.

Após a aplicação da vacina, podem ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema e enrijecimento. São manifestações consideradas benignas, cujos efeitos costumam passar em 48 horas. A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. É importante procurar o médico para mais orientações.