O futebol protagonizou mais uma cena em que a violência prevaleceu, contrariamente ao esporte. A polícia da Grécia decretou a prisão do presidente do clube de futebol PAOK Salonica, Ivan Savvidis, e o governo do país, a suspensão do campeonato de local, devido a ação do empresário por ter entrado em campo armado. Savvidis invadiu o gramado do Estádio Toumba para contestar a decisão do árbitro Giorgius Kominos que havia anulado o gol do PAOK. Também foi decretada a prisão de mais quatro pessoas, que invadiram o campo ao lado do presidente do clube.
O jogo que aconteceu nesse domingo (11) entre PAOK (Panthessalonikeios Athlitikos Omilos Konstantinoupoliton) e AEK (Athlitiki Enosis Konstantinoupoleos) de Atenas foi suspenso com o empate em 0x0. O secretário de Estado dos Esportes, Giorgos Vasiliadis afirmou a decisão nesta segunda-feira (12), após uma reunião de urgência no país, com outros membros do governo como o primeiro-ministro Alexis Tsipras. As partidas voltarão a acontecer "até que um novo marco seja estabelecido", conforme o secretário.
Veja o vídeo da invasão do dirigente em campo
Porte de arma na Grécia
A mídia local informou que Savvidis tem licença para o porte de arma, e a investigação confirmou à agência de notícias internacional, Agence France Presse (AFP), que a polícia já iniciou as buscas pelo empresário. O dono do clube defendeu a atitude de Ivan, destacando que ele não ameaçou ninguém com a arma, e que ele só a carregava porque tinha permissão para portá-la. "Não é proibido da Grécia", ressaltou a assessoria de imprensa do proprietário do clube ao diário "Russia Sport Express".
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AEK não voltou a campo
Faltando um minuto para o jogo válido pela Superliga de futebol grega ser encerrado, o árbitro suspendeu a partida depois que o tumulto se generalizou. O gol anulado foi marcado pelo zagueiro Fernando Varela, e segundo o juiz estava impedido. Mas depois de três horas da confusão, o árbitro voltou atrás da decisão e validou o gol. A confirmação do gol daria a vitória ao PAOK, porém os jogadores do time visitante não voltaram a campo para encerrar o jogo, alegando falta de segurança.
"O Paok está no topo da tabela da SuperLiga e tem claras chances de ganhar o título. Isto pôs várias provocações contra o clube. Savvidis se permitiu algumas emoções, mas insistimos que não ameaçou ninguém com uma pistola", diz a nota da equipe de AOK.
Medidas
Em entrevista à Atenas News, o ministro do Interior da Grécia disse que medidas duras devem ser tomadas. "As cenas que vimos causam danos ao futebol grego. Qualquer um que vá a campo com uma pistola supõe uma provocação inaceitável", destacou.