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Análise: O jogo político no Náutico na ausência de Glauber

Ramon Andrade
Ramon Andrade
Publicado em 17/04/2015 às 9:22

Da direita para esq. Paulo Monteiro, William Cabral, Glauber Vasconcelos, Gustavo Ventura, Durval Valença e Ivan Rocha. Foto: Matheus Albino - Blog do Torcedor Foto: Matheus Albino - Blog do Torcedor

O adiamento do julgamento do presidente do Náutico, Glauber Vasconcelos, também é o adiamento de um drama.

O drama do não retorno dele à presidência.

Afastado da função desde o último dia 6, por licença médica, Glauber tem retorno previsto em 7 de maio, isso se os exames que o colocaram no limiar da diabetes e da cardiopatia permitirem.

E também se não pegar o gancho máximo de seis meses de suspensão.

Glauber está sendo julgado pelas declaração após a desclassificação do Náutico para o Salgueiro, pelo Estadual, no polêmico caso do quarto árbitro ter mandado o primeiro árbitro voltar atrás na marcação de um pênalti, provavelmente após ter sido avisado que a TV mostrou o contrário.

Em caso de punição pelo TJD, ele entraria numa sinuca de bico para recorrer ao STJD, que recentemente incorporou em seu quadro o ex-presidente do Conselho e adversário visceral dele, Berillo Júnior, que certamente trabalharia nos bastidores contra o dirigente.

Por essas e por outras, a verdade é que tanto a oposição quanto até mesmo a situação estão na expectativa de que o retorno de Glauber não aconteça.

A oposição tratou logo de criar um fato político, tendo como objeto o Centro de Treinamento. Afinal, se há tanto tempo o CT sofre desmandos, por que justamente agora que o presidente está afastado resolveram tomar uma atitude?

A situação também já se mexe. O presidente interino, o vice Gustavo Ventura, realizou alguns gestos que denotam a expectativa, embora ele negue de pés juntos, dele permanecer no cargo.

Ora, só isso explicaria a reabertura de diálogo com forças , como Alexandre Homem de Melo, que almoçou com ele, assim como Paulo Pontes e Américo Pereira,que almoçarão, cardeais (o último, um verdadeiro papa), nos Aflitos.

Se a passagem de Gustavo Ventura na presidência fosse realmente temporária, ele não se daria ao trabalho de reatar nós que foram desatados pelo temperamento pouco ou nada conciliador de Glauber e certamente seriam esquecidos com o retorno dele.

O próprio presidente do Conselho, Eduardo Tourton, esse mesmo Conselho que está peticando com o CT, classificou Gustavo Ventura como um "homem nota 10". Na missa celebrada pelo aniversário do clube, dia 7 de abril, um dia após Glauber sair de licença, os dois sentaram lado a lado.

Se rezaram pedindo a mesma coisa ou não, só Deus sabe.

Gustavo Ventura não tem apego ao cargo de presidente, mas tem apego ao Náutico. Se por questões de saúde ou jurídicas Glauber não retornar, ele pelo sim, pelo não, já começou a preparar o terreno, sob o olhar atento e até esperançoso da oposição.

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