Léo Gamalho não conseguiu balançar as redes e o Tricolor foi derrotado. Fotos: Alexandre Gondim / JC Imagem
Existem oportunidades que o futebol normalmente não perdoa que sejam desperdiçadas. A do Santa Cruz contra o América-RN, neste sábado, foi uma delas. O Tricolor tinha a chance de entrar no G4 da Série B se vencesse os potiguares na Arena Pernambuco. Só que os vacilos corais custaram caro para o Santa, que perdeu por 1x0, frustrando os mais de 30 mil torcedores no estádio de São Lourenço da Mata. Foi uma espécie de 'Arenazo' tamanha a expectativa criada na torcida. Na teoria, os tricolores ainda possuem uma real chance de subir de divisão. Mas na prática, a equipe pernambucana terá que assimilar bem o golpe duro que sofreu. Terá que provar que o desperdício de hoje foi um mero acidente na caminhada rumo à elite do futebol nacional.
Com o resultado, o Santa Cruz cai para a sexta posição com 51 pontos, a um do G4, que agora conta com o Atlético-GO na quarta colocação. Só que esse cenário pode mudar com o complemento dos jogos do sábado. Se o Ceará vencer, o Tricolor pode cair ainda mais. A chance de recuperação coral será no clássico contra o Náutico na mesma Arena, onde os tricolores não estão mais invictos. Já o América-RN ainda luta contra o rebaixamento, é o 18º com 36, contra o Boa Esporte, em casa.
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Por que o Santa Cruz não venceu?
As falhas de finalização no primeiro tempo e o excesso de individualismo no segundo foram as grandes causas da derrota do Santa Cruz na partida. Na primeira etapa, a equipe de Oliveira Canindé até conseguiu envolver o adversário e criar chances de gols, mas pecou na hora de concluir. Foram no mínimo três boas chances desperdiçadas porque os jogadores corais não acertaram o pé. O lado bom é que o caminho para chegar ao gol parecia ser o toque veloz. Quando Keno, Léo Gamalho, Waescley e Danilo Pires se movimentavam com velocidade, a oportunidade vinha. Era o indício de que a vitória estava por vir.
Só que o passar do tempo fez o Santa Cruz diminuir o ritmo no gramado. Foi aí que o América-RN soube segurar o adversário. Os potiguares ficaram fechados em campo e pouco se arriscaram ao ataque. Se contentavam com o 0x0 no placar. Vez ou outra iam nos contra-ataques, mas sem levar tanto perigo. Chegou um momento em que o América-RN nem sofria tantos ataques nem chegava tanto ao gol de Tiago Cardoso. Era um jogo em que a bola ficava no meio de campo sem grandes oportunidades.
O panorama ficou pior para os corais quando os jogadores passaram a carregar mais a bola. Abusaram do jogo individual e viraram presas fáceis para os marcadores potiguares. Se as chances eram pequenas, ficaram ainda mais raras no segundo tempo. Faltava um jogo mais coletivo ao Santa Cruz e alguém para finalizar de fora de área. Os minutos finais foram de agonia para os atletas e para a torcida, que via o tempo passar e o gol não sair. No fim, o castigo do desperdício do primeiro tempo e da má segunda etapa veio para os donos da casa. Max recebeu bola livre na grande área e mandou para as redes. Pronto, estava posta a derrota para os tricolores. Não porque havia pouco tempo de reação, mas porque o golpe havia sido duro demais para que viesse algum tipo de resposta.
Público recorde entre clubes na Arena Pernambuco
Apesar do resultado nada positivo, fica o registro do maior público da Arena Pernambuco em jogos de clubes. Foram exatos 34.746 torcedores no estádio de São Lourenço da Mata. Uma verdadeira invasão coral digna de destaque. Pena para os tricolores que o resultado não veio.
FICHA DO JOGO - SANTA CRUZ 0X1 AMÉRICA-RN
Santa Cruz: Tiago Cardoso; Tony (Cassiano), Renan Fonseca, Alemão e Tiago Costa; Sandro Manoel, Bileu (Alberto), Danilo Pires e Wescley. Keno (Natan) e Léo Gamalho. Técnico: Oliveira Canindé.
América-RN: Andrey; Valber (Zé Antônio), Cleber, Lázaro e Wanderson; Fabinho, Jean Cléber, Emerson (Andrezinho) e Artur Maia (Daniel Costa); Rodrigo Pimpão e Max. Técnico: Roberto Fernandes.
Série B (33°rodada). Local: Arena Pernambuco. Árbitro: Francisco Carlos do Nascimento (AL). Assistentes: Esdras Mariano de Lima e Thalis Augusto Monteiro (ambos de AL). Gols: Max (A) aos 34 do primeiro tempo. Amarelos: Max (A), Léo Gamalho (SC) e Lázaro (A). Público: 34.746. Renda: R$ 902.011.
