Sandra Annenberg trabalhou com Ruth de Souza em novela: "Uma pessoa incrível"

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 29/07/2019 às 18:58
Sandra Annenberg; Ruth de Souza, na novela "Pacto de Sangue" - Fotos: reprodução
Sandra Annenberg; Ruth de Souza, na novela "Pacto de Sangue" - Fotos: reprodução

A apresentadora do "Jornal Hoje", Sandra Annenberg, lembrou de quando era atriz e contracenou com Ruth de Souza, que faleceu neste domingo (28), aos 98 anos. Nesta segunda (29), em conversa com César Tralli, durante o telejornal de São Paulo "SP1", Sandra deu o seguinte depoimento: "Eu tive a honra de trabalhar com ela na novela 'Pacto de Sangue'. É uma pessoa incrível, que a gente guarda no coração".

Mais tarde, no "Jornal Hoje", Sandra Annenberg voltou a falar sobre Ruth de Souza: "Além de talentosa e importante para a nossa cultura, era uma querida. Eu tive a honra, o privilégio, de trabalhar com ela em 'Pacto de Sangue'. Me despeço aqui. Que descanse em paz".

"Pacto de Sangue" foi uma novela escrita por Regina Braga, produzida e exibida pela TV Globo em 1989. Sandra Annenberg, à época com 20 anos, interpretou Celeste Mendonça, uma moça recatada, filha de pais conservadores, que passa a apoiar os escravos após se apaixonar por um abolicionista. Já Ruth de Souza interpretou Mãe Quitina, que acolhia escravas grávidas num quilombo, para que os filhos já nascessem em liberdade.

Ruth de Souza

A atriz Ruth de Souza morreu neste domingo (28), aos 98 anos, no Rio de Janeiro. Ela estava internada no Hospital Copa D'Or desde a semana passada, quando deu entrada devido a um quadro de pneumonia, que se agravou.

Ruth de Souza deixou seu nome registrado na história do País, e sobretudo na história da cultura brasileira. Em mais de 70 anos de carreira, esteve no teatro, no cinema e na TV.

Foi a primeira atriz negra a se apresentar no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (com a peça "O Imperador Jones", de Eugene O'Neil, montada pela companhia Teatro Experimental do Negro), em 1945; a primeira atriz brasileira indicada a um prêmio de cinema no exterior (como Melhor Atriz Coadjuvante, no Festival de Veneza, por seu trabalho no filme "Sinhá Moça", de 1953); e também a primeira atriz negra a protagonizar uma novela ("A Cabana do Pai Thomás", da Globo, exibida em 1969).

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