Maria Rita foi a atração escolhida para protagonizar as comemorações de cinco anos do RioMar e marcar a 4ª edição do Destino RioMar. A artista trouxe seu novo show, só piano e voz, em que toca ao lado do pianista pernambucano Rannieri Oliveira. É a segunda capital a receber a novidade. Apenas São Paulo, sábado, havia assistido. Uma apresentação simples, porém densa.
Muitíssimo densa. "Exige muita entrega, concentração, confiança e respeito entre os músicos. São só duas pessoas em cena", conta. Sobre o repertório, o fluxo não segue um disco ou uma turnê específica. "É um desafio em tanto. São músicas que canto em casa e outras que canto pouco", desabafa. Na lista, Antonio Maria, Gonzagão (aplaudidíssima!), Maria Bethânia, Caetano...
Vestida um Fause Hauten bem alegre, ela estava bastante comunicativa, alegre. Começou brincando que não reconhecia o Recife ao ouvir um boa noite meio chocho. Parou algumas vezes para brincar e conversar. Contou que leu uma carta da mãe para uma amiga carioca, em que ela estava no Recife e contava que a então filha Maria Rita tinha iniciado os passos aqui, durante sua turnê nacional. "Deve ser por isso que tenho uma conexão tão profunda com essa cidade. Marcou um momento da minha vida de querer expandir e desbravar territórios. Uma cidade de amor desenfreado, com pessoas de rápido raciocínio e uma comida incrível", exemplificou.
Mas foi ao falar de sua mãe que ela abriu o coração e tocou. Não teve quem ficasse inerte a tamanho desabafo. Foi praticamente um testemunho de uma criança orfã de mãe aos 4 anos, que decidiu seguir a carreira da matriarca: o quanto lutou, sofreu com comparações e cobranças por ser filha de Elis Regina. Muitos convidados compartilharam da dor. Era algo tão real e latente, que sensibilizou.
Terminou cantando à capela Não Deixa o Samba Morrer... Inesquecível!
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