Blocos do Rio banem da folia marchinhas consideradas "politicamente incorretas"

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 31/01/2017 às 8:41
Foto: Reprodução
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Alguns blocos do Rio de Janeiro tomaram uma decisão importante para o Carnaval 2017. Sabe clássicas canções como “Cabeleira do Zezé”, “Maria Sapatão”, “Índio quer apito” e “O teu cabelo não nega”? pois bem, segundo a coluna Gente Boa, do Globo, elas estarão de fora de algumas folias. Integrantes de grupos como Mulheres Rodadas, Cordão do Boitatá e Charanga do França contaram que pretendem banir as marchinhas politicamente incorretas da festa este ano. "Se a gente é um bloco feminista, não temos como passar ao largo dessas coisas. Se isso está sendo considerado ofensivo, acho que a gente não deve fazer coro", disse Renata Rodrigues, uma das organizadores do Mulheres Rodadas.

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Já Pedro Ernesto Marinho, presidente do Cordão da Bola Preta, não concorda com a decisão. "Não consideramos essas marchinhas ofensivas. Quem as compôs, certamente, não tinha essa intenção. Carnaval é uma grande brincadeira. Essa polêmica não vai levar ninguém a lugar algum e até desmerece o carnaval. O preconceito está mais dentro das nossas cabeças do que nas marchinhas", defende.

Rita Fernandes, presidente da Folia Carioca, também concorda com Ernesto. "Nenhum bloco da Sebastiana está tirando marchinha do repertório. Os blocos acham que as marchinhas são antigas, tradicionais e tinham um contexto, sem ter preconceito. Foram criadas numa determinada época. A vida fica muito sem graça se tudo tiver que ser enquadrado, perdendo a leveza e a brincadeira, que são a essência do carnaval", revela.

 

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