Morre Ferreira Gullar, aos 86 anos

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 04/12/2016 às 11:02
Ferreira Gullar - Foto: reprodução
Ferreira Gullar - Foto: reprodução

Este 2016 segue para um fim ainda mais triste: morreu, neste domingo (4), o poeta Ferreira Gullar, aos 86 anos. O maranhense, que também era cronista, ensaísta e crítico de arte, havia sido internado no sábado, no Hospital Copa D'Or, Rio de Janeiro, devido a um quadro de pneumonia.

Biografia - Nascido em 1930, em São Luís, o maranhense Ferreira Gullar tem por nome de batismo José Ribamar Ferreira. No início da década de 50, mudou-se para o Rio. Em 1956, participou da exposição concretista considerada o marco inicial da poesia concreta. Mais tarde, em 1959, criou o neoconcretismo junto com Lígia Clark e Hélio Oiticica.

A sua obra - que inclui poemas, contos, crônicas e ensaios, além do livro infantil Zoologia Bizarra, a peça Um Rubi no Umbigo, o livro de memórias Rabo de Foguete, os Anos de Exílio, e ainda a biografia Nise da Silveira: uma Psiquiatra Rebelde - rendeu-lhe, em 2002, indicação ao Prêmio Nobel de Literatura. Já em 2010, o Prêmio Camões, o mais importante da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

Em 2007, Ferreira Fullar ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura pela obra Resmungos, como melhor livro de ficção; e em 2011, voltou a receber um Jabuti, desta vez pelo livro de poesias Em alguma parte alguma. Em 2014 foi eleito para ocupar cadeira na Academia Brasileira de Letras.

Na biografia de Gullar ainda consta sua militância no Partido Comunista Brasileiro. Durante a ditadura militar, exilou-se na União Soviética, Argentina e no Chile.

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