O curta Nena Cajuína, dirigido por Almir Guilhermo, participa da mostra itinerante de audiovisual Cine Bodó, em Manuas, que acontecerá nesta sexta-feira (21) até o domingo (29). O filme, realizado pela Alastrado Produções, narra um episódio envolvendo uma das suas ex-prostitutas mais conhecidas do sertão pernambucano, Nivalda Rafael de Siqueira, 64 anos, apelidada de Nena Cajuína.
Há três anos, a Câmara de Vereadores de Arcoverde aprovou a homenagem com entrega de Medalha de Honra ao Mérito Cardeal a Nena Cajuína pela personalidade e serviços prestados ao município.
Nena começou a se prostituir aos 13 anos. Quando era insultada, afirmava ser dona do próprio nariz. Hoje, ela é dona de um bar no bairro de São Cristovão. Teve três filhos, mas apenas um deles está vivo
A iniciativa, entretanto, provocou polêmica e levantou questões sobre prostituição e os preconceitos que cercam a profissão. A vida de Nena, repleta de dor e reviravoltas, retrata a trajetória de muitas mulheres que seguem o mesmo caminho. Independente da condecoração, ela conta que tem vergonha e não quer receber nada.
Sem perder o humor, Nena fala sobre as piadas e o comentários que ouvia na rua."Tem homens que eram apaixonados por mim e hoje me chamam de vó, de tia. Antigamente, quem tinha filho homossexual trazia os meninos para mim e eu dizia que era tudo macho", finaliza.
