De onde vem os hábitos e as superstições de um casamento?

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 04/08/2015 às 18:27
Fotos: Reprodução/Internet
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Nove em cada dez noivas fazem questão de seguir todo o ritual que um casamento representa. Muitas, para não quebrar a tradição e assim atrair qualquer possível chance de azar. Outras, pela diversão e até pelo efeito que tudo por causar nas fotos e aquela memória eterna de um dia pra lá de especial. Mas são vários detalhes antes, durante e até depois de um enlace que são repetidos há séculos no Ocidente e poucos se questionam como surgiram. O real fundamento. A estilista Lucy Botelho, por exemplo, explica que o ato de jogar arroz veio da China há mais de 4 mil anos, onde o grão sempre foi sinônimo de prosperidade. Escrituras enfatizam que um alto funcionário público na China Antiga teria encomendado uma chuva de arroz para ser atirada sobre sua filha após a cerimônia, cuja intenção era demonstrar a todos sua riqueza e seu amor pela moça.

Buquê

Fátima Alencar, da Moda Internacional, reforça que toda noiva deve usar algo na cor azul. O motivo? É o símbolo de fidelidade na Roma Antiga. Ela, que veste várias amigas para casamentos no Recife e em várias partes do mundo, destaca que nos Estados Unidos, por exemplo, uma forte tendência pede para as noivas terem no Dia D: algo emprestado – com base na consideração pela amizade; algo novo, na intenção de atrair sorte para a vida de casados; e algo de tradição familiar, reforçando os laços, as raízes históricas.

Bem-casados

E os vestidos brancos? Ricardo Dehon, da Revista Véu & Grinalda, aponta para o século 19, quando em um belo dia, a Rainha Vitória, da Grã-Bretanha, resolveu se casar usando a cor neutra, sendo a primeira figura notória a tomar essa atitude no mundo. Aos poucos, com o passar dos anos, as noivas foram mudando aqui e ali e se permitindo nuances como o champagne e off-white para sair um pouco da tradição.

A decoradora Nita Rocha ressalta que os buquês da noiva e daminhas, tão importantes quanto o vestido, surgiram na perspectiva de representar a harmonia e a partilha da felicidade com as amigas da noiva – na hora de jogar. Na Grécia, aliás, onde surgiu, o povo costumava inserir entre uma flor e outra, ervas e grãos, além de mistura de alho, visando espantar o mau olhado. Já os doces bem-casados, tão queridos na nossa cultura, ilustram a união eterna dos noivos e sorte no amor. “Por isso, pode faltar outro tipo, menos esse”, brinca Nita.

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