Febre alta, dor ao deglutir, tosse, inchaço dos gânglios, desconforto abdominal, vômitos, dor muscular e perda de apetite são alguns dos avisos dados quando um vírus, que atende pelo nome (pouco sonoro) de Epstein-Barr, atinge o organismo. Transmitido pela saliva contaminada num contato íntimo entre pessoas, ele está por trás da mononucleose, popularmente conhecida como doença do beijo.
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Mais comum entre 15 e 25 anos, essa síndrome infecciosa se torna mais frequente, nos consultórios médicos, no pós-Carnaval. Sim, os beijos são durante os festejos de Momo, mas a doença só se desenvolve depois de 30 a 45 dias (período de incubação) da transmissão do vírus.
"Alguns dos fatores que influenciam a transmissão são más condições de higiene e grande concentração de pessoas em espaços pequenos", relata a infectologista Andrezza de Vasconcelos, do Hospital Jayme da Fonte, no Recife. A médica enfatiza que, em caso de apresentação de algum dos sintomas, é preciso procurar um médico.
"Os sintomas agudos, que aparecem em torno de quatro semanas após a exposição ao vírus, perduram por aproximadamente 15 dias. O diagnóstico é confirmado através de sorologia específica para o vírus, com tratamento que consiste em repouso, hidratação e remédios paliativos aos sintomas, como antitérmicos, analgésicos e anti-inflamatórios", alerta o clínico-geral Maurício Torres, do Hapvida Saúde.
Por terem sintomas semelhantes aos de uma forte gripe ou amidalite, muitas pessoas infectadas recorrem à automedicação, o que é um perigo. A doença do beijo, garantem infectologistas, é uma virose de evolução geralmente benigna. Em poucos casos, evolui para complicações como rompimento do baço, meningite e encefalite.
Lavar bem as mãos, não compartilhar objetos pessoais e evitar tossir ou espirrar próximo a outras pessoas são algumas das atitudes que podem evitar também a transmissão da doença. Ah, e não vale abrir mãos dos cuidados com a higiene bucal no Carnaval.