Nos últimos três anos, o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) registrou dez sindicâncias para apurar complicações decorrentes de cirurgias plásticas. Quatro delas se transformaram em processos ético-profissionais relacionados à especialidade. O cenário preocupa entidades médicas e abre debate sobre os riscos a que pacientes podem ser submetidos.
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Um levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), de 2016, concluiu que cerca de 65% dos processos em cirurgia do tipo no País são de cirurgiões que não pertencem à SBCP. A imprensa tem noticiado intercorrências, especialmente associadas à lipoaspiração. “Entre as cirurgias plásticas, é o procedimento mais realizado, especialmente por jovens. É preciso cautela na escolha do especialista que fará a operação. Há muitas propagandas enganosas”, alerta Pedro Pita, membro-titular da SBCP.
O médico destaca que a lipoaspiração responde por 20% de todos os procedimentos plásticos feitos no Brasil. Ele ainda orienta que o paciente deve perguntar sempre a um médico de sua confiança se ele ou seus familiares fariam uma operação com o cirurgião escolhido. Também deve ser checada e avaliada a experiência do cirurgião naquele tipo de procedimento, uma vez que o resultado da cirurgia plástica é dependente em grande parte, desse fator.
As entidades médicas estão vigilantes em relação aos critérios de segurança seguidos durante as cirurgias plásticas. E os conselhos de medicina também.