Cerca de 60% das mulheres, em diferentes faixas etárias, relatam dor nas mamas (mastalgia), que geralmente ocorre em períodos específicos, relacionados com o ciclo hormonal. É importante frisar que a mastalgia pode ser cíclica e acíclica. A primeira ocorre na fase pré-menstrual e no inicio da puberdade; frequentemente está associada ao aumento do volume das mamas e inchaço por retenção de líquido. A tendência é que seja inofensiva, mas causa desconforto (de intensidade moderada a forte), que pode atrapalhar as atividades da vida diária.
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"Estabelecer uma relação de tranquilidade e confiança com a paciente é fundamental para o tratamento. Além disso, podemos utilizar óleo de prímula e anti-inflamatórios tópicos para melhorar o desconforto", explica ginecologista Telma Regina Mariotto Zakka, membro da Sociedade Brasileira de Estudo da Dor (SBED). Já a mastalgia acíclica não se relaciona com o ciclo hormonal, pode ser ocasional ou contínua.
Eventualmente, a mastalgia pode surgir na presença de nódulo mamário. Por isso, é importante afastar a possibilidade de malignidade. Na presença de nódulos, hiperemia (mama vermelha) e hipertermia (mama aquecida), é imprescindível consultar um médico.
O autoexame (realizado mensalmente e após a menstruação), segundo Telma, pode identificar precocemente algum problema. "As mulheres que fazem o autoexame conseguem perceber as alterações precocemente. Dessa forma, o benefício é maior, assim como a própria evolução do quadro para uma recuperação completa."
Vale lembrar que o toque nas mamas não substitui os exames convencionais, como a mamografia e ultrassom.