Caracterizada por fraqueza, sensação de cansaço, perda de peso, febre, suor noturno e linfonodos inchados, a leucemia linfocítica crônica (LLC) é um câncer geralmente de progressão lenta na medula óssea e no sangue, em que alguns tipos de glóbulos brancos, chamados linfócitos, tornam-se cancerosos e se multiplicam de forma anormal. É o tipo mais comum de leucemia em adultos e geralmente acomete idosos. A idade média ao diagnóstico é 71 anos. A doença é duas vezes mais comum em homens do que em mulheres.
É importante destacar que o tratamento da leucemia linfocítica crônica pode ser um desafio, pois os pacientes podem não responder ao tratamento da forma esperada pelos especialistas ou podem se tornar resistentes à terapêutica prescrita pelo médico. Esse foi um dos temas debatidos durante o 2º Encontro Ibero-Americano sobre Leucemia Linfocítica Crônica (IBAM), realizado em São Paulo nos dias 23 e 24 deste mês. Durante o evento, a companhia biofarmacêutica AbbVie reforçou o compromisso com a pesquisa em oncologia hematológica ao destacar como o desenvolvimento de novas terapias contra o câncer melhoram a sobrevida dos pacientes.
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Linfomas: Novas opções de tratamento controlam a evolução da doença
"Nunca vimos um avanço na compreensão da leucemia linfocítica crônica como agora e, consequentemente, no desenvolvimento de tratamentos, que alterarão o prognóstico da doença", disse o hematologista Carlos Sérgio Chiattone, presidente do IBAM.
Estima-se que aproximadamente 4 em 100 mil pessoas tenham esse tipo de leucemia no Brasil e ainda existem importantes necessidades não supridas para muitos desses pacientes, segundo o médico Manuel Uribe, diretor-médico da AbbVie no Brasil. "Temos o compromisso de desenvolver terapias inovadoras para pacientes com câncer. A meta é interromper a progressão natural das células cancerosas e contribuir para o aperfeiçoamento do padrão de tratamento."
As opções de tratamento incluem quimioterapia, imunoterapia, terapia-alvo e transplante de medula. A terapêutica depende do estágio da doença, dos sinais e sintomas, da contagem de glóbulos vermelhos e brancos, como também das plaquetas no sangue. Além disso, para o tratamento, é preciso considerar se o fígado, baço e gânglios linfáticos estão maiores do que o normal.
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A leucemia linfocítica crônica começa na medula óssea e, em sua evolução, atinge o sangue. Dessa maneira, pode se manifestar em outras partes do organismo, como gânglios linfáticos, fígado e baço. As células anormais invadem a medula óssea e inibem a produção de células vermelhas do sangue que carregam oxigênio, de células brancas normais do sangue, que combatem infecções, e de plaquetas que são necessárias para a coagulação.
A leucemia linfocítica crônica ainda pode levar à hemorragia causada pelo baixo nível de plaquetas e à propensão a infecções pela falta de células brancas normais no sangue. Quem convive com a doença tem o sistema imunológico enfraquecido não apenas pela agressividade da leucemia, mas também pelo tratamento. Por isso, as infecções representam um risco e são responsáveis por cerca de 30% a 50% das mortes causadas pela leucemia linfocítica crônica.
* Com informações do editor de Cidades do Jornal do Commercio, André Galvão, que acompanhou o evento em São Paulo