PE: Arboviroses ainda em alta e Estado tem dificuldade em confirmar casos de zika

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 02/06/2016 às 16:31
No Recife, já foram confirmados este ano 11.458 casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti: dengue, chicungunha e zika (Foto: Alexandre Gondim / JC Imagem)
No Recife, já foram confirmados este ano 11.458 casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti: dengue, chicungunha e zika (Foto: Alexandre Gondim / JC Imagem) FOTO: No Recife, já foram confirmados este ano 11.458 casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti: dengue, chicungunha e zika (Foto: Alexandre Gondim / JC Imagem)

Imagem de larvas do Aedes aegypti (Foto: Alexandre Gondim / JC Imagem) Secretaria estadual de Saúde está com dificuldade em confirmar diagnóstico de zika nos casos suspeitos (Foto: Alexandre Gondim / JC Imagem)

O último boletim da Secretaria Estadual de Saúde sobre os números de arboviroses (dengue, chicungunha e zika) em Pernambuco, divulgado nessa quarta-feira (1º), apontou que são 120.512 casos suspeitos no Estado. Desses registros, 23.903 casos foram confirmados. Se os dados já são preocupantes, a previsão não é boa, pois esses números devem aumentar. "A partir do momento em que notificamos casos suspeitos, já sabemos que tem circulação de vírus no local. Os casos de arboviroses ainda estão acontecendo. No diagrama de controle, os números ainda estão acima do esperado, principalmente de dengue", pontua a coordenadora do Programa de Controle de Arboviroses da SES, Claudenice Pontes.

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Enquanto os números de chicungunha já começam a diminuir, a preocupação do órgão é a dificuldade na confirmação de casos de zika. "Observamos uma redução no número de casos de chicungunha, já que a maioria dos municípios que teve a epidemia da doença está fazendo o controle. Agora a doença avança para municípios menores. Já a zika, nós sabemos que continua com transmissão, mas por dificuldade laboratorial, ainda não conseguimos confirmar muitos casos", conta a coordenadora.

Infográfico sobre as arboviroses em Pernambuco (Ilustração: Guilherme Castro / NE10) No total, 28 pessoas morreram este ano por causa de agravamento das doenças transmitidas pelo Aedes aegpyti (Ilustração: Guilherme Castro / NE10)

Segundo Claudenice, o baixo número de kits de diagnóstico para zika é a principal causa para subnotificação da doença. "Damos preferência para realização do exame em gestantes, pacientes hospitalizados, crianças e idosos. Por isso que não tivemos aumento dos casos confirmados", explica.

O alerta no momento é para a infestação do Aedes aegpyti após esse período de chuvas. "Depois desses dias de chuva, outros depósitos que acumulam água, principalmente a céu aberto, podem favorecer a ação do mosquito. É o momento de ter mais cuidado", esclarece Claudenice Pontes.