Dia Mundial da Saúde: Só 38,5% das pessoas com diabetes tipo 2 medem glicose com frequência

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 07/04/2016 às 0:24
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Sem conhecer os efeitos da doença no corpo, 73% dos pacientes com diabetes tipo 2 não alcançam os níveis de glicose recomendados (Foto: Free Images) Sem conhecer os efeitos da diabetes no corpo, 73% dos pacientes com o tipo 2 da doença não alcançam os níveis de glicose recomendados (Foto: Free Images)

A Organização Mundial de Saúde (OMS) escolheu este ano a diabetes como tema para o Dia Mundial da Saúde, lembrado nesta quinta-feira (7) nos quatro cantos do planeta. A data lança um alerta sobre o aumento no número de casos, especialmente nos países em desenvolvimento, e a necessidade de estabelecer ações efetivas no combate e controle da doença. Uma revisão de estudos de países da América Latina mostrou que só 38,5% dos pacientes com diabetes tipo 2 têm o hábito de medir com frequência os níveis de glicose no sangue - e esse é uma das principais ferramentas para se ter um controle efetivo da doença.

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Entender a diabetes é o primeiro passo para conviver bem com a doença. E para isso, é fundamental compreender como ela afeta o organismo. O monitoramento diário dos níveis de glicose no sangue é importante para medir esse impacto. Afinal, se esses níveis estão fora do intervalo recomendado pelo médico, com grandes oscilações, significa que a doença não está bem controlada. Dessa maneira, com o tempo, a doença descontrolada abre portas para uma série de consequências no organismo, como doenças cardiovasculares, renais, oculares e até mesmo amputações de membros.

Sem conhecer os efeitos da diabetes no corpo, 73% dos pacientes com diabetes tipo 2 não alcançam os níveis de glicemia recomendados. Em média, um terço deles infelizmente deixa de seguir as orientações médicas um ano após o diagnóstico.

Glicosímetro

Com a ajuda de um aparelhinho chamado glicosímetro, é possível verificar as variações da glicose no sangue e, dessa forma, tomar atitudes que ajudem a controlar a doença, como ter uma alimentação equilibrada e praticar exercícios físicos.

O médico é quem deve indicar a frequência diária de monitoramento. Em geral, a recomendação é que isso seja feito duas vezes por dia. “O automonitoramento com os glicosímetros permite que os pacientes entendam melhor o impacto da alimentação, da atividade física e dos medicamentos no controle da doença e também que comecem a reconhecer, tratar e prevenir hipo e hiperglicemias”, diz o médico Abner Lobão, diretor de assuntos médicos e educação para América Latina da J&J Medical Devices.