Presidente da FPF diz que 'não tem como garantir' presença do VAR nas finais entre Náutico x Sport

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LOURENÇO GADÊLHA

Publicado em 11/05/2021 às 14:42
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O primeiro jogo da final do Campeonato Pernambucano acontece só no próximo domingo (16), mas as movimentações nos bastidores já começaram a esquentar mesmo antes da bola rolar. Isso porque Sport e Náutico divergem em relação à escolha dos árbitros para o confronto decisivo, já que o o Leão opta por uma arbitragem Fifa sem o auxílio da tecnologia de vídeo, enquanto o Timbu prefere ter um quadro local com utilização do VAR. Em meio à indecisão dos clubes, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, afirmou, em contato com a reportagem do Jornal do Commercio, que 'no momento não tem como garantir' a presença da tecnologia na final do Estadual.

De acordo com o mandatário, apesar do pedido já ter sido feito, as duas empresas credenciadas pela Fifa para operar o equipamento no Brasil não deram garantias em relação à disponibilidade para os jogos decisivos do certame. "Requeremos logo depois do primeiro turno e eles não tiveram condições de dar. Agora nós estamos ratificando o pedido, mas já temos a informação que não tem segurança que eles possam fazer o VAR nas finais, porque eles só atuam pra valer a partir do início do Brasileiro. É uma atividade complexa. Não tem como dizer que vai haver VAR na final, como também que não vai haver", afirmou.

O assunto virou polêmica após a final da primeira fase do Campeonato Pernambucano, quando a FPF delegou aos times a decisão de optar ou não pela tecnologia do VAR. Na ocasião, a federação afirmou que não tinha condições de colocar arbitragem Fifa e o árbitro de vídeo. Entre os clubes envolvidos na fase final, o Sport foi o único à optar apenas pela arbitragem Fifa, sem a utilização do VAR. Os demais, inclusive o Náutico, preferiram um quadro local com auxílio da tecnologia.

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Em relação à arbitragem Fifa, que é interesse do Sport, o mandatário destacou o que consta no regulamento do Campeonato Pernambucano. "A arbitragem, como consta no regulamento geral da CBF e de todos os estados, é exercida pelo quadro estadual. Pode, excepcionalmente, o clube requerer uma arbitragem Fifa. Eu, particularmente, sou contra. Não permitia aqui, mas depois que a CBF mudou o regulamento, passou a ser permitido. Os clubes é quem decidem isso. Eles tem até cinco dias antes do jogo para requerer. O Sport requereu arbitragem Fifa para o jogo dele e o Náutico até agora não requereu", detalhou.

ARBITRAGEM FIFA E VAR

Por fim, Evandro considerou como 'remota' a possibilidade de ter uma arbitragem Fifa junto com a presença do VAR na final do certame. "O Sport requereu arbitragem Fifa, o Náutico requereu o VAR. Não é simples você colocar arbitragem Fifa e VAR agora com todas as finais de estaduais ocorrendo. A maioria das pessoas não sabem, mas, por exemplo, tenho Déborah (Cecília) que é Fifa, mas ela não pode apitar um jogo com VAR, porque ela ainda não tem o curso e a credencial de árbitro de VAR. Para apitar em Pernambuco, só tenho três que podem apitar o jogo com VAR. No momento, é muito difícil e remoto ter quadro suficiente para ter árbitro Fifa e VAR no mesmo jogo", finalizou.

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