Náutico x Sport: decisão com favorito, mas que só se define no apito final

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Marcelo Cavalcante

Publicado em 11/05/2021 às 10:39
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Sport e Náutico fazem mais uma final do Campeonato Pernambucano. E por mais que os treinadores digam e repitam que não há favorito, como cronista, posso afirmar: o Timbu é favorito. Tem um time mais entrosado, fez melhor campanha, eliminou o Santa Cruz numa partida em que poderia ter goleado, tem o melhor ataque, um treinador experiente e que sabe bem o que é disputar uma final estadual (já foi campeão três vezes quando comandava o rival rubro-negro)...Mas apontar um favorito não significa cravar a conquista. Jamais!

Afinal, do outro lado está o Leão querendo manter o tabu de não perder finais para o Náutico desde 1968. Mas o Sport fez um Estadual muito, mas muito irregular. Jogou bem contra o Timbu, na primeira fase, mas sofreu diante do Salgueiro. Por isso, aponto o time alvirrubro vivendo um melhor momento. Com o tal favoritismo. Mas que, quando a bola rolar, não passa a existir. Tudo vira história. Vai ser na base do velho clichê: vence quem erra menos.

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No Clássico das Emoções, o Náutico foi bem superior ao Santa Cruz. Embora peças importantes do elenco estivessem bem abaixo tecnicamente, como Erick, Jean Carlos e Vinícius, a equipe de Hélio dos Anjos aproveitou a fragilidade coral e foi superior. Abriu a vantagem de 2x0 e poderia ter feito mais se não houvesse tanto relaxamento dos atacantes na hora de finalizar. Jordan também brilhou. Mas a vitória mostrou que o Náutico não se abateu com a derrota para o Sport na primeira fase. Está entrosado e com mesmo ritmo veloz o setor ofensivo. Maaas.... precisa cuidar defensivamente. Não pode se lançar ao ataque diante do Leão sem equilíbrio, inteligência. Afinal, a decisão terá 180 minutos. E quem anda com muita pressa sempre tropeça.

O Sport, por sua vez, mostrou um futebol organizado contra o Náutico, na Ilha. Compactado, objetivo, lúcido e propondo o jogo. Foi a melhor partida do Leão na temporada. Mas contra o Salgueiro, teve dificuldades para jogar. No primeiro tempo, quase não produziu. Foi surpreendido pela boa postura do Carcará, que, ao meu ver, foi melhor em campo. No segundo, o Sport conseguiu dar mais mobilidade ao setor ofensivo, explorando mais as laterais, deixando confusa a macarção do Salgueiro. Mas o gol saiu de um pênalti. Para mim, não houve. Maxwel coloca o corpo à frente e espera o contato do atleta do Salgueiro. E cai. Daronco marca. E Maidana converte. Vitória garantida e vaga na final.

Agora é Leão e Timbu frente a frente. Serão 180 minutos para saber quem levanta a taça. Mas até lá é provável que tenhamos debates sobre VAR, árbitros locais ou fora do Estado, declarações polêmicas... A velha resenha que garante o molho da disputa. Mas, que nesse ano, diante de tantas discussões desnecessárias, desgasta.

Que tudo se decida dentro de campo!

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