Conmebol pede ao presidente da Fifa que proteja o futebol sul-americano

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Davi Saboya

Publicado em 24/03/2021 às 8:06
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AFP - O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, pediu à Fifa nessa terça-feira que proteja suas federações no desenvolvimento das eliminatórias para o Catar-2022, em meio à pandemia de covid-19 que forçou a suspensão de duas rodadas.

"Não é que a Conmebol queira que seja disputada nas datas pré-determinadas. Pedimos ao presidente (Giani) Infantino e à Fifa que continuem trabalhando duro para proteger nossas federações e nosso futebol", disse Domínguez durante o 74º Congresso da Conmebol.

No evento, realizado virtualmente, Infantino admitiu que não será fácil conciliar os interesses entre Europa e América do Sul, mas prometeu que essa região terá um papel importante no calendário.

"Vamos ter que acertar o futuro calendário internacional nos próximos meses, no próximo ano, e aí está claro que um continente com tradições históricas como a América do Sul vai ter um papel importante", disse o chefe da organização mundial do futebol embora tenha acrescentado que a dificuldades está no fato de ser uma "batalha diária de um presidente de federação, de um presidente de confederação, de um presidente da Fifa".

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A Fifa, em coordenação com a Conmebol, suspendeu no início deste mês as rodadas 5 e 6 das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Catar-2022 que seriam disputadas nos dias 24-25 e 30 de março, devido ao fato de vários clubes europeus se recusarem a ceder seus jogadores por causa do agravamento da pandemia, e as novas datas ainda não foram decididas.

Domínguez, que no início do evento pediu aplausos "de todos os que não estão mais presentes", com especial destaque para o lendário argentino Diego Maradona, apresentou o seu relatório e balanço, que foram aprovados, e o relatório anual das auditorias interna e externa foi liberado.

"Somos a única Confederação do mundo que manteve o formato das eliminatórias e é porque aderimos ao lema 'regras claras' e isso porque entendemos que a definição das partidas é feita no campo", afirmou em sua mensagem.

Domínguez elogiou o protocolo escolhido para retomar os torneios sul-americanos. "Nosso protocolo foi e é mais eficaz do que qualquer uma das melhores vacinas que estão sendo aplicadas hoje para combater a pandemia", explicou e destacou a realização de 262 jogos "apesar do tempo que tivemos".

BOLHA SANITÁRIA

O dirigente insistiu que a bolha sanitária aprovada pelos 10 países membros da confederação "foi tremendamente eficaz".

"Tivemos 38 mil testes, com nível de eficácia de 99%. Havia infectados, mas não passavam de 1%", comentou.

Na época da pandemia sem futebol, a Conmebol adiantou pagamentos a clubes e associações sul-americanas no valor de 95 milhões de dólares. "Isso ocorreu em um momento em que a bola não rolava e em que não havia nenhuma condição. Não foi um empréstimo. São contribuições. São prêmios", frisou Domínguez.

No Congresso, o colombiano Ramón Jesurún foi reeleito representante da Conmebol perante a Fifa.

Jesurún vai acompanhar Alejandro Domínguez (titular da Conmebol), Fernando Sarney (Brasil), María Sol Muñoz (Equador) e Ignacio Alonso (Uruguai).

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