"Sei também que pesa muito parar o futebol", diz técnico do Náutico sobre nova alta de casos da covid-19

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Davi Saboya

Publicado em 06/03/2021 às 11:14
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Mesmo com a "segunda onda" da covid-19, o técnico Hélio dos Anjos declarou que é a favor da realização das competições locais e nacionais de futebol. A justificativa dele é que muitas pessoas estão envolvidas no esporte. Por outro lado, ele criticou a Federação Pernambucana de Futebol (FPF-PE) em relação ao número de testes do novo coronavírus. Além disso, admitiu que é um momento delicado para todos no Brasil e no mundo.

"Acho que a gente está numa situação muito complicada na área da saúde. Nós todos temos uma responsabilidade muito grande. Eu, particularmente acredito que aquilo que for definido a gente vai ter que aceitar, mas eu sei também que pesa muito parar o futebol hoje, porque mesmo em menor número, muita gente depende desse futebol e não somente nós que estamos diretamente ligados, mas as pessoas que rodeiam o futebol", afirmou.

"O que eu gostaria que acontecesse, por exemplo, no futebol pernambucano, é que a federação testasse mais. Que a federação fizesse um controle maior, de jogo a jogo, e os clubes também. Aí eu acredito que teremos uma melhor condição de manter os campeonatos", completou o comandante do Náutico.

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Hélio dos Anjos ainda ressaltou a quantidade de testes que são realizados nos grandes clubes. Ele também frisou o uso do futebol como meio de entretenimento para as pessoas cumprirem o isolamento social em casa. No último boletim da Secretaria de Saúde de Pernambuco, nessa sexta-feira, mais 1.588 casos de covid-19 foram confirmados, além de 29 óbitos. No Brasil, o número de pessoas diagnosticadas com a doença chega a quase 11 milhões e mais de 260 mil mortes.

"Não tenho conhecimento tão grande da questão de dados e números. Eu só acho que o futebol, principalmente se tratando das equipes maiores, como tem caso aqui do próprio Náutico, estamos sempre sendo testados. Temos aqui dentro da estrutura, como a maioria dos clubes, uma segurança maior até do que as pessoas que estão no front. Acredito que muita gente da área de saúde não são tão testados como são o pessoal ligados ao futebol", disse.

"Acredito que nosso maior problema no futebol é um problema que acontece em toda a sociedade. Fora do ambiente do trabalho, a gente não tem como controlar. Acho que o futebol, mesmo a gente sendo totalmente exposto, nesse momento, é uma forma de você ter as pessoas mais dentro de casa, porque queira ou não queira, o futebol é um entretenimento, com uma influência muito grande de manter as pessoas ligadas aos seus clubes e aos jogos de suas equipes", acrescentou o técnico do Timbu.

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