Recebido com desconfiança após disputar apenas uma partida oficial desde março de 2019, o novo goleiro do Náutico, Alex Alves, explicou as razões que o levaram a ficar um longo período longe dos gramados. Titular do Bragantino antes da fusão com o Red Bull Brasil, o goleiro foi um dos quatro atletas escolhidos para seguir na equipe a partir da fusão em 2019. Apesar de considerar positiva a união, ele relembra que perdeu a titularidade assim que passou a integrar a nova equipe e, para goleiro, a briga por posição é ainda mais difícil.
“Pro clube foi muito bom essa parceria. Pro futebol brasileiro em si, que necessita de clubes organizados, que honra seus compromissos. Eu não tenho dúvida que essa parceria está sendo de muito sucesso. É claro que eu fiquei feliz por eles optarem por mim em fazer parte desse novo projeto. Foi eu, Matheus Peixoto, Wesley e o Vitinho. Quatro jogadores apenas. Então fiquei muito feliz naquele momento, mas apesar de continuar, nós estávamos indo a um novo clube. Ali eu tinha que brigar por espaço, esperar oportunidade, e na posição de goleiro isso é mais difícil”, afirmou.
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Antes da fusão, o goleiro conquistou o acesso à Série B na meta do Bragantino, sobre o Náutico, em 2018. No ano seguinte, Alex Alves iniciou como titular no time de Bragança Paulista, onde atuou em 14 jogos até o dia 27 de março. Com a fusão, que se consolidou pouco menos de um mês depois, no dia 23 de abril, o goleiro foi integrado ao novo grupo, mas passou a ser reserva de Júlio César, que jogou no Timbu entre 2014 e 2016, e no Santa Cruz em 2017. A temporada seguiu e o RB Bragantino conquistou o acesso e o título da Série B. Apenas na última rodada da Segundona, Alex teve a oportunidade de atuar, essa então, a última vez que entrou em campo, no dia 30 de novembro.
Na Série A, com um maior investimento da própria Red Bull e das cotas televisivas, o clube contratou um novo goleiro, que tirou ainda mais espaço de Alex Alves no RB Bragantino. “Em 2020 eles contrataram o Cleiton, jogador de Seleção Brasileira, vindo de um grande clube que é o Atlético-MG. Uma quantia alta foi paga por ele. Fiquei trabalhando, buscando, mas acabou que essa oportunidade não veio. Apesar de ter sido um período de um ano, para mim foi bom porque eu aprendi muita coisa, trabalhei bastante, troquei experiência com eles”, explicou.
Apesar de toda lição e aprendizado adquirido após a parceria entre os dois clubes, Alex Alves decidiu que em 2021 era o momento de seguir um novo caminho. Questionado sobre a falta de ritmo de jogo, o goleiro minimizou, destacando a importância de estar bem treinado. “É claro que o ritmo de jogo é importante, mas eu acho que o principal é você está bem treinado e bem trabalhado. Ao longo desses anos eu cresci muito, aprendi muita coisa boa, treinei todos os dias. Antes de sair de lá, meu preparador de goleiros falou que eu estava preparado porque era um dos caras que mais treinava nos últimos tempos. Estou muito confiante em relação a isso e tenho certeza que tem tudo para dar certo aqui no Náutico”, projetou.