Após conseguir dois empates como visitante, o Náutico fez dever de casa e venceu o Sampaio Corrêa por 1 x 0, neste sábado (19), com gol do zagueiro Camutanga no segundo tempo. O resultado faz com que os alvirrubros cheguem a quatro partidas sem derrotas (2 vitórias e 2 empates), chegar aos 32 pontos e igualar o Paraná, que é o primeiro time fora do Z-4 do Campeonato Brasileiro da Série B. Para ficar na 17ª posição, o Timbu precisa torcer por uma vitória do Guarani diante do Figueirense no complemento da rodada.
O JOGO
O Náutico começou em cima do Sampaio Corrêa. Logo após o apito inicial, o time já esticou a bola para o campo de ataque e ganhou escanteio. Era o sinal que o Timbu queria o domínio do jogo. Entretanto, a primeira finalização da partida foi o recado sobre a postura dos maranhenses, que também buscavam o resultado positivo para não deixar os quatros primeiros colocados dispararem. Aos dois minutos, Roney finalizou da entrada da área e Anderson espalmou para o lado.
Os primeiros dez minutos foram de marcações altas e muita intensidade das duas equipes. Era um jogo de perder a bola, tentar recuperar e atacar com velocidade. Quem acertasse o último passe, conseguiria criar boas opções. O problema era justamente acontecer esse acerto. Com as marcações encaixadas e os ataques travados, a saída era trocar passes de um lado para outro, ter paciência e esperar a movimentação para arriscar um lançamento longo. Aos 17, um lance curioso. O atacante Caio Dantas se recusou a deixar o campo na maca, após receber atendimento médico, e recebeu cartão amarelo.
O relógio marcava 23 minutos, quando a partida teve que ser paralisada para que a ambulância pudesse atravessar o campo e atender o cinegrafista Eric Caldas, profissional de uma produtora que realizou a transmissão para a TV. O homem passou mal, recebeu os primeiros atendimentos nos Aflitos e, em seguida, foi levado para o hospital. Aos 38 minutos (16 minutos de paralisação), o jogo só foi reiniciado quando a segunda ambulância entrou na área interna do estádio (é necessário, no mínimo, uma ambulância).
Era natural que jogadores ficassem ‘frios’ e, apesar do esforço, o confronto demorou para engrenar novamente. Tanto que, só aos 46 minutos, houve um finalização. Jogando mais avançado, Bryan chutou de fora da área, mas a bola foi no meio e o goleiro não teve dificuldades para defender. Os demais minutos foram de poucas alternativas. A marcação continuou sobrepondo aos ataques e a efetividades defensiva deixou a partida mais lenta.
Foi só criticar e as equipes buscaram uma solução para abrir o placar: chute de fora da área. Em dois minutos, foram três tentativas. Pelo Sampaio Corrêa, Marcinho arriscou e Anderson defendeu. No ataque seguinte, para o Náutico, Jean Carlos bateu para fora. Já o atacante Paiva bateu colocado e, mesmo com o desvio no zagueiro, o goleiro da Bolívia Querida espalmou. O zagueiro ainda teve uma oportunidade de cabeça, mas também sem muito perigo. Foram as últimas chances, pois o primeiro tempo terminou sem gols.
SEGUNDO TEMPO
Quando a bola voltou a rolar na segunda etapa, o Sampaio Corrêa foi ‘minando’ o Timbu e conseguiu algumas faltas laterais. Em uma delas, Marcinho levantou na pequena área e Caio Dantas subiu para desviar de cabeça. A bola passou rente a trave e fez Anderson pedir para os alvirrubros ‘acordarem’. A bronca aparentemente surtiu efeitos. Nos minutos seguintes, foi o Náutico que tentou sufocar no ataque. Mas, acertar tecnicamente, era outra história. Aos nove minutos, Paiva e Jean Carlos inverteram os papéis. O atacante levantou para o meia tocar de cabeça e exigir boa defesa do goleiro Gustavo.
A postura ofensiva do Sampaio Corrêa durou poucos minutos, nas duas etapas. O time recuou ainda mais no segundo tempo e deu a posse de bola. O problema era encontrar um caminho, pois ofensivamente o brilho era quase nulo. Restava apostar nos cruzamentos. No rebote de um desses levantamentos, Jean Carlos bateu forte e o desviou tirou a bola do caminho do gol. A equipe pernambucana incomodava mais o adversário e, em 20 minutos na segunda etapa, dominou o jogo por volta de 17 minutos. Faltava acertar o último passe.
Os lances de perigos surgiram em levantamentos para área. Aos 22 minutos, surtiu efeito. O zagueiro Camutanga desviou de cabeça, depois de escanteio cobrado por Jean Carlos, e abriu o placar para o Náutico. Se não havia torcida, os próprios jogadores cantavam: ‘’Quer dançar? O Timbu vai te ensinar’’. Assim, os alvirrubros comemoram o gol. O resultado fez justiça ao melhor desempenho do time pernambucano no confronto e deu mais tranquilidade no jogo.
Atrás no placar, o técnico Léo Condé fez substituições e subiu as linhas de marcação dos maranhenses. Do outro lado, Hélio dos Anjos pediu para os alvirrubros manterem a posse de bola. Pensando nisso, uma das mudanças do treinador do Náutico foi colocar Jorge Henrique no lugar de Bryan. Trocou a velocidade pela cadência. Aos 36 minutos, houve uma pressão para que Jackson fosse expulso, principalmente do banco de reservas do Timbu. Uma pequena discussão começou, mas a arbitragem resolveu só marcar a falta do atacante da Bolívia Querida.
Os minutos finais foram tranquilos. Apesar dos maranhenses tentarem o 'abafa', a marcação do Náutico conseguiu se segurar bem. O árbitro deu cinco minutos de acréscimos, mas nenhum lance de perigo aconteceu mais no jogo. Aos 50 minutos, a partida encerrou e o Timbu garantiu mais três pontos na tabela da Série B.
FICHA DO JOGO
Náutico: Anderson; Hereda, Rafael Ribeiro, Camutanga e Kevyn; Djavan (Matheus Trindade), Rhaldney (Renan Foguinho) e Jean Carlos (Ruy); Bryan (Jorge Henrique), Vinicius (Dadá) e Paiva.
Sampaio Corrêa: Gustavo; Joazi, Flávio Boaventura, Daniel Felipe e João Victor (Eloir); Serginho, Vinícius Kiss (Dione) e Marcinho; Roney (Mailson), Caio Dantas (Jackson) e Robson (Gustavo Ramos).
Local: estádio dos Aflitos, em Recife (PE).
Árbitro: Rodrigo Carvalhaes de Miranda (RJ).
Assistentes: Andréa Izaura Maffra Marcelino de Sá (RJ) e Gabriel Conti Viana (RJ).
Gol: Camutanga aos 22’ do 2° tempo (NAU).
Cartões amarelos: Vinícius e Ruy (NAU); Caio Dantas, Boaventura e Vinícius Kiss (SAM).
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