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Bustamante fala sobre luta antirracista e que deve manter postura no Náutico

Klisman Gama
Klisman Gama
Publicado em 10/11/2020 às 19:46
Foto: Caio Falcão/Náutico
Foto: Caio Falcão/Náutico

Nascido nos Estados Unidos mas com ascendência e cidadania boliviana, o volante Antonio Bustamante traz consigo uma bagagem da qual uma pequena parte dos jogadores aqui no Brasil se aprofundam: a luta racial. Filho de pai boliviano e mãe afro-americana, o jogador confessou já ter enfrentado casos de injúria racial desde cedo. Situações das quais ele sequer se sente confortável em contar. Por isso, ele passou a se dedicar à luta antirracista no seu país de origem e, principalmente, dentro do futebol. Ele traz consigo ideais dos quais quer compartilhar no Náutico, onde o próprio clube tem se engajado dentro nessa frente. 

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“Eu sou meio afro-americano, minha mãe é afro-americana. Meus primeiros anos de vida eu vivi com minha mãe e nós vivemos situações de preconceito racial, das quais eu não quero falar. Mas obviamente, agora no mundo, é uma coisa grande. Eu me orgulho de como eu sou e de como eu me posicionei na universidade. É algo que afeta sua vida diariamente, e há certas coisas que as pessoas falam das quais não percebem no momento que realmente afeta você”, afirmou Bustamante. 

“E agora, é bom que todo mundo está tomando uma posição de reconhecer essa situação. Então nos treinos, nos campos, é bom que as pessoas estão diminuindo as injúrias raciais. Mas vejo que ainda há muito mais trabalho para fazer com os torcedores, com questões raciais como você vê na Europa. Vemos isso acontecer com outros jogadores e como isso os afeta. Então espero que possamos fazer um bom trabalho por aqui”, complementou.

Anunciado no dia 26 de outubro e tendo chegado ao Recife há praticamente duas semanas, o boliviano está se ambientando ao elenco e à cidade. A língua é um dos fatores que dificultam um pouco o entendimento, mas o atleta garantiu que tem estudado português e começa a compreender algumas palavras que são semelhantes no idioma espanhol. E também dentro de campo, para poder se comunicar com os companheiros, faz o uso de gestos com as mãos. Algo que ele mesmo diz que tem dado certo.

“Eu entendo a maior parte do espanhol. Eu pratico em casa com meus avós o tempo todo. Jogando com a Seleção eu aprendi bastante. E é engraçado que eu me comunico com meus companheiros de time através de vários gestos com as mãos e eles me entendem. Mas eu continuo aprendendo português. E a maior parte das palavras em português são semelhantes às do espanhol, então não é tão difícil de entender”, completou.

PODCAST

O Na Cara do Gol desta semana, podcast sobre o futebol pernambucano da Rádio Jornal, faz uma análise dos últimos resultados de Sport, Náutico e Santa Cruz no Campeonato Brasileiro. O programa é transmitido ao vivo toda segunda-feira, no canal da Rádio Jornal no YouTube. Neste episódio, participam Alexandre Costa e João Victor Amorim (ambos da Rádio Jornal), Lilian Fonsêca (TV Jornal) e Marcos Leandro (Jornal do Commercio).

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