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Aos 80 anos, Pelé segue como maior referência no futebol mundial

Marcos Leandro
Marcos Leandro
Publicado em 23/10/2020 às 7:01
Pelé e a mágica seleção de 1970, que goleou a Itália por 4x1 na final da Copa. Foto: Acervo Estadão Conteúdo.
Pelé e a mágica seleção de 1970, que goleou a Itália por 4x1 na final da Copa. Foto: Acervo Estadão Conteúdo.

"Pelé já era o melhor muito antes de ser; e continua sendo, mesmo depois de ter sido". A frase escrita pelo jornalista e escritor Armando Nogueira no livro O Voo das Gazelas e republicada pela revista Placar encerra uma crônica sobre os 50 anos de Pelé. Três décadas depois, ela segue atual e se encaixa perfeitamente como mais uma homenagem ao Rei do Futebol, que completa 80 anos nesta sexta (23). No citado texto, Armando discorre lembrando que conheceu Pelé quando ele tinha 16 anos e acabava de marcar dois gols no América, no Maracanã. Na conversa, ele perguntou ao menino quem era o melhor centroavante do Brasil? Ouviu um eu como resposta. E quem é o melhor meia-esquerda? Eu também foi a afirmação.

O diálogo não demoraria a se tornar real - em todos os sentidos. Apenas dois anos após vestir a camisa do Santos (aos 15 anos), Pelé já seria reverenciado na Suécia ao marcar seis gols na Copa do Mundo de 1958, quando o Brasil venceu sua primeira Copa e exorcizou o complexo de vira-lata exposto tantas vezes por Nelson Rodrigues em suas crônicas. Sessenta anos depois, na Copa do Mundo da Rússia em 2018, outro jovem prodígio foi o grande nome da campanha vitoriosa da França: Kylian Mbappé. Porém, por mais brilhante que ele tenha sido aos 19 anos no bicampeonato francês, suas marcas precoces ficaram atrás do eterno camisa 10 da Canarinho.

 

 

E quantos jogadores tentaram ou foram eleitos pela imprensa para tirar esse rótulo do Rei? Maradona, Cruyff, Zico, os Ronaldos (Fenômeno e Gaúcho). E avançando no tempo, Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar. Todos craques de primeira grandeza, sem dúvida. Mas nenhum tão completo como Pelé. Como elucidou a revista Placar em sua edição especial sobre o Rei em março de 1999, ninguém era nota 10 em todos os fundamentos como ele. Seja chute com a perna direita ou esquerda, cabeceio, drible, velocidade, explosão ou força física.

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GOLS E TÍTULOS

Tanto talento fez a festa da torcida brasileira, do Santos e até dos Cosmos, sua empreitada nos Estados Unidos no seu fim de carreira. Foram 59 títulos (contando também alguns pelo exército brasileiro e várias taças pele seleção) e 1.282 gols. Sobre bola na rede, sua especialidade, alguns registros apontam um tento a menos. Isso porque um dos gols do Santos na vitória por 5x2 sobre a Polônia, em 1960, foi creditado a Pelé, mas as imagens mostraram depois que foi de Coutinho.

Por falar em Santos, Pelé conquistou duas Libertadores e dois Mundiais (1962 e 1963), afora 10 Campeonatos Paulistas, entre outros torneios, como Taça Brasil, Roberto Gomes Pedrosa e Torneio Rio-São Paulo. Em 1958, mesmo ano em que sagrou-se campeão da Copa do Mundo com a seleção aos 17 anos, foi artilheiro do Campeonato Paulista com 58 gols, um recorde.

Pela Canarinho, conquistaria ainda as Copas de 1962, no Chile - se machucou e atuou apenas na estreia contra o México -, e a de 1970, no México. Ainda é o único jogador a conquistar três Copas do Mundo. E em solo mexicano, se consagrou de forma definitiva em Mundiais ao lado de um time inesquecível, que tinha também craques do quilate de Rivellino, Gérson, Tostão, Jairzinho, Clodoaldo e Carlos Alberto Torres. Foram quatro gols no torneio do México, contabilizando ao todo 12 na história das Copas - marcou um em 1962 e outro em 1966. Relembre, através do streaming DAZN, os números de Pelé pela Seleção Brasileira.

Depois de se despedir do Santos em 1974, Pelé aceitou o convite do Cosmos, de Nova York. Recebendo US$ 7 milhões por um contrato de seis meses. Ele ficaria nos EUA até 1977, sendo o ícone que o país precisava para difundir o esporte junto à população.

Aos 80 anos, Pelé tem aparecido pouco, em virtude da dificuldade para andar principalmente pelas dores no quadril. Mas na última terça-feira, ele mandou uma mensagem de agradecimento por tudo o que aconteceu na sua vida, E nós, súditos, só podemos desejar uma coisa: vida longa ao Rei!

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