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Extensão dos mandatos no Santa Cruz segue gerando polêmica

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 05/10/2020 às 21:43
Santa Cruz vai jogar domingo no Arruda contra o ABC. Foto: Léo Motta/JC Imagem
Santa Cruz vai jogar domingo no Arruda contra o ABC. Foto: Léo Motta/JC Imagem

No dia 1º deste mês de outubro, o Santa Cruz circulou uma decisão de estender os mandatos da gestão do clube até o final de julho de 2021. A ideia foi duramente criticada pela torcida e oposição e provocou um protesto da torcida neste domingo (4). Nesta segunda-feira (5), no programa Fórum Esportivo, da Rádio Jornal, o conselheiro Mário Godoy afirmou que o Conselho Deliberativo não foi consultado, além de listar outros motivos para o protesto.

"Motivos não faltam para protestar. Estamos há três anos na Série C, alugando campo do CT (centro de treinamento), vendendo ovos, a reforma do estatuto foi sabotada, a reforma da fachada completa dois anos de atraso, salários atrasados e agora prorrogação do próprio mandato por sete meses. Quem provocou esse protesto foi a atitude arbitrária da gestão", disse Godoy. O conselheiro ainda afirmou que essa decisão não passou pelo Conselho Deliberativo, sendo apenas informada.

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Por sua vez, o presidente do órgão Paulo Borba citou a lei 14.030, sancionada no dia 28 de julho deste ano pelo presidente da república Jair Bolsonaro, que dispõe sobre assembleias e reuniões de sociedades e entidades de representação durante o exercício 2020. "Avalio o protesto como narrativa da oposição de que o Santa Cruz está praticando atitudes ditatoriais de que quatro gestores querem prorrogar o mandato a quatro mãos", disse Borba.

A lei em questão afirma, logo no artigo 1º que "a sociedade anônima cujo exercício social tenha sido encerrado entre 31 de dezembro de 2019 e 31 de março de 2020 poderá, excepcionalmente, realizar a assembleia geral ordinária a que se refere o art. 132 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, no prazo de 7 (sete) meses, contado do término do seu exercício social".

Segundo Godoy, advogados integrantes do conselho e da oposição afirmaram que há ilegalidade, pois a lei permite que a eleição ocorra de maneira remota, através da internet, algo que o rival Sport pretende fazer. Ele ainda sugeriu a ideia de que se faça uma eleição hibrida, para contemplar sócios que não têm afinidade com plataformas online.

"Sobre regras locais, em breve estádios vão receber torcida e o próprio Santa Cruz foi a favor, e pode receber até 18 mil torcedores. Onze clubes vão realizar eleições esse ano, sendo dez da Série A. Todos estarão em meio a competições importantes. É possível fazer a eleição em dezembro e só tomar posse fevereiro", emendou o conselheiro, comparando com eleições nacionais, que ocorrem normalmente em outubro com posse em janeiro.

Do outro lado, o presidente do Conselho Deliberativo afirma que o pleito online exige um site com estrutura que garanta o voto secreto. Enquanto há o impasse, o Paulo Borba reservou o dia 22 deste mês para uma reunião do Conselho Deliberativo. "Até o dia 13 aceito propostas para a reunião, porque pelo regimento interno tenho que fazer o edital de convocação no dia 14, oito dias antes", completou.

Ouça as entrevistas completas:

Mário Godoy

Paulo Borba

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