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PSG emite nota de apoio a Neymar sobre episódio de racismo; OM defende jogador acusado

Davi Saboya
Davi Saboya
Publicado em 14/09/2020 às 22:04
NeumaFoto: AFP
NeumaFoto: AFP

AFP - O PSG emitiu nesta segunda-feira uma nota de apoio ao atacante Neymar, que afirma ter sido vítima de insultos racistas no domingo, durante partida contra o Olympique de Marselha pela terceira rodada do Campeonato Francês.

"O Paris Saint-Germain apoia fortemente Neymar, que relatou ter sido vítima de insultos racistas de um jogador rival (...) O Paris Saint-Germain conta com a comissão disciplinar da LFP (liga de futebol profissional francesa) para investigar e lançar luz sobre esses eventos", indica o comunicado do atual campeão da França, que foi derrotado em em casa por 1 a 0.

Mais tarde foi a vez do Olympique de Marselha defender seu zagueiro espanhol Álvaro González, acusado de racismo pelo atacante brasileiro.

"Álvaro González não é racista. Ele nos mostrou com seu comportamento todos os dias desde sua chegada ao clube, como já foi testemunhado por seus companheiros de equipe", escreveu o OM em um comunicado, descrevendo a si mesmo como um "símbolo do anti-racismo no esporte profissional francês".

"O clube se coloca à disposição da comissão disciplinar para cooperar plenamente na apuração de todos os fatos ocorridos na partida, e nas 24 horas que os antecederam", acrescenta o texto.

A comissão disciplinar da Liga Francesa de Futebol Profissional (LFP) vai analisar na quarta-feira os cinco cartões vermelhos distribuídos no jogo disputado no estádio Parque dos Príncipes.

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Os integrantes da comissão independente ficam encarregados de definir por quantas partidas serão suspensos Neymar, Layvin Kurzawa e Leandro Paredes, do PSG, e Darío Benedetto e Jordan Amavi, do Marselha, todos expulsos no final do jogo após uma briga generalizada em campo.

De acordo com o estatuto disciplinar da Federação Francesa de Futebol (FFF) usado como referência pela Ligue 1 (Campeonato Francês), um jogador culpado de um "ato de brutalidade / golpe" pode receber até sete partidas de suspensão se o ato ocorrer fora de uma ação de jogo, sem causar lesões.

Esse pode ser o caso de Kurzawa, que deu um soco no rosto de Amavi, que tentou revidar com um golpe semelhante.

Em relação ao caso de Neymar, o atacante brasileiro informou durante a partida à equipe de arbitragem que estava sendo alvo de insultos racistas, repetindo "Racismo, não!".

Enquanto reclamava, o atacante do PSG apontava para Álvaro González, zagueiro responsável por sua marcação durante o jogo.

Antes do apito final da partida, Neymar foi expulso após acertar um tapa na cabeça de Gonzalez. Ao sair de campo, ele voltou a falar para o quarto árbitro que tinha sido alvo de ofensas racistas.

A comissão disciplinar vai analisar a súmula do árbitro da partida e as imagens da televisão.

Entre os lances que serão analisados, também está acusação do técnico do Marselha, André Villas-Boas, que afirma que o argentino Angel di Maria, do PSG, teria cuspido em Álvaro González após o jogo, disse à AFP Pascal Garibian, diretor técnico de arbitragem (DTA).

De acordo com o regulamento, todo comportamento racista pode estar sujeito a uma suspensão máxima de dez jogos. Já o ato de cuspir em outro jogador pode levar à suspensão de até seis jogos.

A decisão da comissão deve ser anunciada na quarta-feira à noite, quando o PSG enfrentará o Metz, em partida adiada da primeira rodada do Campeonato Francês.

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