AFP
A Alemanha, ainda em reconstrução após o desastre da Copa do Mundo de 2018, ficou novamente no empate no último domingo (6) diante da Suíça (1x1) na Basileia, em partida do Grupo A4 da Liga das Nações, três dias depois de empatar com a Espanha, em Stuttgart (1x1).
O volante Ilkay Gündogan abriu o placar para os alemães com um belo chute aos 14 minutos de jogo. Depois, a 'Mannschaft', sem os jogadores do Bayern, quase sofreu o empate, pouco antes do intervalo, quando um chute de Seferovic aos 43 minutos bateu na trave esquerda de Leno, que substituiu Trapp.
No segundo tempo, os suíços, que vinham pressionando, foram recompensados com um lindo gol de empate do lateral-direito Silvan Widmer (58), um meio-voleio da esquerda após um cruzamento perfeito de Embolo. Os helvéticos queriam a vitória e criaram várias chances com o capitão Xhaka que foram defendidas por Leno, seu companheiro de equipe no Arsenal.
A Alemanha, apesar de seus "parisienses" Draxler e Kehrer, acabou tendo que se contentar com um segundo empate em três dias. O resultado, que fez jus ao que foi mostrado pelas duas equipes em campo, deixa a Mannschaft na terceira colocação do seu grupo, com dois pontos em duas partidas, atrás da Espanha (4 pontos) e da Ucrânia (3 pontos).
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O técnico Joachim Löw, no comando da seleção alemã desde 2006, lamentou que o time tenha novamente cedido o empate: "Contra a Espanha, não conseguimos marcar o segundo gol, o que nos daria segurança. Por duas vezes consecutivas vencemos por 1x0 e por duas vezes não trouxemos nada para casa".
Em seis jogos da Liga das Nações desde o início da competição, os tetracampeões mundiais não conseguiram ganhar uma única partida. Na edição 2018-2019, a Alemanha fez uma campanha com dois empates e duas derrotas para França e Holanda.
ESPANHA GOLEIA
Pelo mesmo grupo, a Espanha deu um passo importante rumo às semifinais da segunda edição da Liga das Nações ao derrotar facilmente a Ucrânia por 4x0 em Madri, com dois gols de Sergio Ramos, um de Ferrán Torres e um gol de Ansu Fati que fez história.
Fati se tornou o mais jovem artilheiro da história da equipe espanhola, aos 17 anos e 311 dias, quando marcou o terceiro gol pela 'Roja', aos 32 minutos. Antes, Sergio Ramos havia marcado os dois primeiros gols, um de pênalti logo aos 3 minutos, após uma falta sobre o próprio Fati, e depois de cabeça depois de um cruzamento da esquerda aos 29 minutos.
Com a vitória encaminhada, o quarto gol veio nos minutos finais (84), com um chute de direita, próximo à marca de pênalti, de Ferran Torres, jogador que deixou o Valencia para assinar pelo Manchester City.
Com seu gol, Fati superou o recorde de precocidade de Juan Errazquin, que havia marcado um hat trick em sua primeira partida pela seleção espanhola exatamente contra a Suíça, em Berna, aos 18 anos e 344 dias, no dia 1º de junho de 1925, quase um século atrás.
O jovem atacante nascido em Guiné-Bissau, que chegou à Espanha aos sete anos, marcou o seu gol histórico com um remate de fora da área, da esquerda, que após bater na trave foi parar no fundo das redes ucranianas.
Fati, em sua primeira partida como titular, também foi o destaque da partida, mostrando-se muito incisivo, esbanjando chutes e dribles e criando diversas chances de gol, inclusive uma bicicleta, que acertou o corpo de um zagueiro ucraniano e foi para escanteio, aos 26 minutos.
"Estou muito feliz, principalmente pela vitória da equipe. Fizemos um bom jogo, devemos continuar neste caminho. É um orgulho trabalhar com o (técnico) Luis Enrique e todos os jogadores que estão aqui", disse Ansu Fati após a partida.
Outro que atingiu uma marca na partida foi Sergio Ramos. Aos 34 anos, o zagueiro do Real Madrid e capitão da Espanha (com 172 partidas), marcou duas vezes e se juntou, com 23 gols marcados na seleção, ao lendário Alfredo di Stefano que alcançou a mesma marca entre 1957 e 1961, em apenas 31 partidas.
