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Problemas da defesa ao ataque: a missão que Jair Ventura tentará ajustar no Sport

Lucas Holanda
Lucas Holanda
Publicado em 26/08/2020 às 9:55
Foto: Daniel Augusto Júnior/Divulgação
Foto: Daniel Augusto Júnior/Divulgação

O Sport escolheu o técnico Jair Ventura como substituto de Daniel Paulista. Ele, que já foi apresentado e também já conversou com os atletas, já comanda o time à beira do gramado no próximo domingo, diante do Coritiba, no estádio Couto Pereira, pela sexta rodada da Série A. Sem treinar uma equipe desde o fim de 2018, o novo comandante chega ao Leão com uma missão: ajustar os defeitos do time e tentar salvar o Sport do rebaixamento, principal objetivo do Rubro-Negro em 2020.

Os últimos dois trabalhos de Jair não foram bons. O técnico apresentou defeitos no Santos e Corinthians - embora até tenha sido vice da Copa do Brasil comandando o Timão. No entanto, o Sport espera que Jair possa repetir no clube o seu grande sucesso na carreira: o trabalho Botafogo, sobretudo pelas características de jogo que o comandante implantou no alvinegro carioca em 2016 e também em 2017. O novo técnico leonino pegou um time na zona de rebaixamento em 2016 e colocou na Libertadores. No ano seguinte, caiu nas quartas da competição mais importante da América do Sul e na semi da Copa do Brasil, além de brigar pela vaga na Liberta de 2018 até a última rodada - perdeu para o Cruzeiro e ficou fora.

“Decidimos trocar o comando por achar que o time não estava performando da maneira ideal. Daniel (Paulista) tem uma filosofia de jogo muito agressiva em termos de ataque. E nós não temos condições de propor o jogo. Precisamos ter uma equipe reativa. Outra coisa que pesou para tomarmos esta decisão é que nos próximos cinco jogos quatro serão fora de casa e não teremos um tempo para o técnico chegar, conhece o time feito nesta semana”, disse o membro da cúpula de futebol rubro-negra em entrevista ao Jornal do Commercio.

JOGO REATIVO COMO PRINCIPAL CARACTERÍSTICA

As melhores partidas do Sport em 2020 foram diante do Fortaleza e Ceará. E nas duas o Rubro-Negro adotou uma postura reativa, sem ter a bola, marcando forte e saindo em velocidade - além da efetividade vista na estreia da Série A diante do Vozão. Foi com este perfil de elenco que Jair Ventura conseguiu fazer do Botafogo um dos times mais competitivos do país entre 2016 e 2017. Portanto, principalmente se levar em consideração as peças que o técnico terá à disposição, a tendência é de que o Sport repita essa postura mais reativa, que usou no Botafogo - não necessariamente com o mesmo resultado final.

Traçando o paralelo do Sport com o Botafogo, a equipe carioca marcava com duas linhas de quatro, todos atrás da bola e com o combate começando pelo centroavante. Ofensivamente, o técnico usava bastante os lançamentos explorando o centroavante para que ele pudesse aproveitar a segunda bola. Além disso, a bola longa também era uma saída com os pontas, sobretudo para tentar sair da pressão adversária.

O Sport de 2020 é um time que não consegue se defender bem. Na Série A, por exemplo, o Leão tomou gol em todos os jogos que disputou até aqui. Ao todo, já foi vazado sete vezes, seja por falhas individuais ou coletivas. Atuando mais fechado, de forma reativa e sem ter tanto a bola, o Leão pode encontrar um norte para ser competitivo nesta primeira divisão, feito foi diante do Ceará na estreia da competição e contra o Fortaleza, adversário da elite, mas o duelo foi pela Copa do Nordeste.

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DUPLA DE VOLANTES PROBLEMÁTICA

A dupla de volantes do Sport é um problema desde o início da temporada. O titular Willian Farias já teve vários parceiros, mas nenhum conseguiu se firmar. A bola da vez é Ricardinho, que teve momentos interessantes até aqui. No entanto, Jair chega com a missão de tentar solucionar mais este problema. No Botafogo, seus volantes se destacavam bastante pela marcação forte, sem oferecerem o espaço para o adversário criar jogadas por ali. A tendência é de que tente repetir isso no Leão, o que pode diminuir a exposição sofrida pelos zagueiros leoninos.

PROBLEMAS NA CRIAÇÃO E CONCLUSÃO

O setor ofensivo do Sport é um problema desde o início do ano. Além de criar poucas chances reais por jogo, os atletas leoninos não conseguem aproveitar as oportunidades. Em cinco jogos de Série A, o Sport só marcou quatro vezes - e três foram no primeiro jogo, diante do Ceará, justamente a partida em que o Leão tem como modelo para sair da crise. E o outro tento leonino foi no abafa, após persistir muito e, já nos acréscimos, conseguiu empatar diante do Atlético-GO.

O Botafogo de Jair Ventura era um time com dificuldades quando tinha a bola. Mesmo com grande movimentação ofensiva, o clube carioca era, na maioria das vezes, presa para o adversário. Portanto, a tendência é de que o novo técnico leonino tente manter a proposta reativa como modelo, mas sem deixar o Sport na inércia quando toma um gol. Em 2020, o Leão tem um dado para lá de alarmante: não conseguiu virar uma partida. Ou seja, toda vez em que ficou atrás do placar, o máximo que conseguiu foi empatar.

Além de ter problemas para reagir, o Sport também é um time que não aproveita as chances que tem. E isso é mais um problema que Jair Ventura vai tentar solucionar. A tendência é de que o Sport crie pouco, mas precisa ser letal quando as chances aparecer - é claro que isso não depende apenas do comandante leonino.

 

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