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Na bronca com a imprensa, técnico do Santa Cruz profere declaração preconceituosa em coletiva

Filipe Farias
Filipe Farias
Publicado em 21/08/2020 às 21:13
Itamar Schulle disse que Santa Cruz foi superior no jogo. Foto: Alexandre Gondim/ JC Imagem
Itamar Schulle disse que Santa Cruz foi superior no jogo. Foto: Alexandre Gondim/ JC Imagem

Desde que chegou ao Santa Cruz, no início da temporada, o técnico Itamar Schulle já tinha demonstrado uma certa falta de postura nas entrevistas coletivas. Sempre que pressionado - seja pela imprensa ou pelo momento ruim pelo time atravessa -, a primeira ação tomada pelo treinador, algo meio que instintivo, é o da exposição dos problemas e transferência de responsabilidades. Sem papas na língua - de fato ele não mede as palavras proferidas -, o comandante coral repetidas vezes cobrou publicamente a diretoria pedindo reforços, atacou à imprensa por críticas feitas ao seu trabalho e as arbitragens de alguns jogos que julgou ter prejudicado o Tricolor do Arruda. Entretanto, a coletiva de Schulle, na tarde desta sexta-feira (21), foi além. A ponto de a assessoria de comunicação do clube ter retirado o vídeo do canal da TV Coral, no Youtube.

Como se não bastasse os costumeiros ataques e cobranças públicas, Itamar utilizou palavras preconceituosas ao se queixar de uma crítica proferida por um jornalista (da imprensa esportiva), mas que o treinador não revelou o nome do profissional em coletiva. Na declaração, Schulle chegou a fazer uma declaração homofóbica ao dizer que "só falta alguém achar que sou viado, gay", ao se referir de forma pejorativa sobre um possível questionamento do jornalista da preferência do técnico por escalar repetidas vezes o meia Jeremias.

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"Me lembro que Maycon (Cleiton) foi muito criticado quando não pegou pênaltis (contra o Confiança). Que ele não era pegador de pênaltis. Aí contra o Náutico ele foi lá e pegou, também fez grandes defesas. Agora ele tomou um gol olímpico, já falaram que ele se posicionou mal. Acontece com jogadores que vem da base. Momento que ele vai maturando assim. Me lembro que quando eu botava Jeremias para jogar ouvia: 'Itamar tem alguma coisa com Jeremias'. Como é que eu vou ter alguma coisa com Jeremias? Só falta alguém achar que sou viado, gay. Botei Jeremias porque achava que ele devia jogar, mas era criticado. Ele fez dois gols (contra o Botafogo-PB, pela Copa do Nordeste). Agora é o contrário... Eu não gosto mais do Jeremias. Ele pediu para sair (contra o Treze) porque não estava mais em condições de ajudar a equipe e não podia mais contribuir. Essa pessoa da imprensa diz que não gosto de Jeremias e levanta essas coisas infundadas, essas mentiras", disparou Schulle.

O ataque do treinador não parou por aí. "A pessoa fica com o microfone na mão e fala o que quer e eu só tenho o diteiro uma vez pra vir aqui (na coletiva) e dizer que é tudo uma mentira o que essa pessoa fala. Jeremias é meu amigo. Quando Jeremias jogou tanto como titular no Santa Cruz e teve continuidade sem ser comigo? Gosto do jogador. Antes do jogo contra o Botafogo-PB queriam que eu mandasse ele embora. Aí ele foi lá e fez dois gols e já virou 'Jeregol', 'Jeremito'. Se eu me deixar levar pela opinião do torcedor e de um ou dois da imprensa, então não precisa de treinador. Junta todo mundo e vê o que todo mundo acha e escala o time pra jogar e depois as trocas no jogo. São coisas que ficamos chateados, pois não são verdades", desabafou.

CATEGORIAS DE BASE

Uma outra crítica feita por Itamar Schulle ao profissional da imprensa que ele manteve anônimo  foi a de que ele não dava oportunidades aos garotos da base. "Quando o Santa Cruz teve tantos jogadores da base jogando? Onde o Maycon (Cleiton) estava no ano passado? Onde estava o João Cardoso? O Felipe Simplício? Jeremias? Potiguar? André? Dizer que eu não uso a base? Uso, mas precisa de um tempo para cada coisa. Tempo para colocar em campo, tempo para ter a maturidade. São bons jogadores e estão evoluindo. Temos problemas que temos de administrar internamente para o bem do atleta e que a torcida não sabe, a imprensa não sabe, mas sempre acaba respingando no treinador. Dizer que não coloco porque não quero. Não gosto de mentira. A pessoa tem o microfone na mão e fala o que quer, quando quer e o tempo que quer, mas quando chegar a minha oportunidade vou falar que as coisas não são assim como falam. Já me contaram várias coisas do outro lado (imprensa), mas não me importo. Me importo com o meu trabalho. Agora não devem colocar para a torcida fatos infundados, mentiras", esbravejou o treinador.

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