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Não é pecado torcer para clube europeu! E escolhi o Atlético de Madrid

Robert Sarmento
Robert Sarmento
Publicado em 14/08/2020 às 0:13
Atlético de Madrid, de Diego Simeone, lidera o Campeonato Espanhol. Foto: UEFA
Atlético de Madrid, de Diego Simeone, lidera o Campeonato Espanhol. Foto: UEFA

A derrota do Atlético de Madrid diante do RB Leipzig, por 2 x 1, e a eliminação nas quartas de final da Liga dos Campeões, exigiu toda a minha capacidade de autocontrole. Porque não é fácil para nenhum torcedor ver o seu time eliminado e ouvir, ver e ler as provocações. Acredito que faz parte do esporte em si (só não do futebol), mas fico incomodado com certos rótulos.

"Simeone é retranqueiro!"

"O Atlético de Madrid é pequeno!"

"Não pode torcer para clube de fora!"

Discordo das três afirmativas!

Com o advento da internet, dos canais de TV fechada e agora com o streaming na internet, além dos materiais dos próprios clubes, é muito fácil ter informações sobre o que acontece pelo mundo. Mesmo longe, estamos perto. Se o amor não tem fronteiras, por que haveria no futebol? Não faz sentido! Você escolhe quem ama, mesmo que não seja recíproco.

'Conheci' o Atlético de Madrid em 2008, com Sergio Agüero e Forlán comandando um dos ataques mais temidos do Campeonato Espanhol. Mas ainda não era suficiente para brigar na parte de cima da tabela. Achei que seria muito fácil torcer para Barcelona ou Real Madrid, pesquisei tudo o que podia sobre a história colchonera. A torcida me incentivou demais! Era algo diferente dos outros torcedores europeus. Sentia o antigo Estádio Vicente Calderón ferver a quilômetros de distância. Vibro e choro junto desde o título da Super Copa da Uefa em 2010, na vitória por 2 x 0, contra a Inter de Milão.

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ERA SIMEONE

Acompanhei o time sair das brigas na metade da tabela para acabar com um jejum de quase 14 anos sem ganhar do maior rival e conquistar a Copa do Rei em pleno Santiago Bernabéu, na vitória por 2 x 1, e da 'seca' de quase 18 anos ao conseguir o título da La Liga dentro do Camp Nou, diante de quase 100 mil pessoas, após empatar em 1 x 1. Os troféus não chegavam desde quando 'Cholo' era o volante do time, em 1996.

Em 2014, por um detalhe, perdemos a Liga do Campões. Já em 2016, fomos prejudicados de forma escandalosa (gol irregular de Sérgio Ramos). O ápice da 'orelhuda' ainda não aconteceu. Mesmo assim, houve os títulos da Super Copa da Espanha (1), mais dois da Super Copa da Uefa (2) e também Liga Europa (2).

Tudo o que descrevi aconteceu diante de Barça e Real em seus auges técnicos, com os melhores jogadores de suas histórias (Messi e Cristiano Ronaldo, respectivamente). Portanto, não adianta chamar Diego Simeone ou o Atlético de Madrid de fracassado.

Não apareceu um sheik e nem uma empresa para transformar um clube sem tradição em 'queridinho' das redes sociais. As conquistas fizeram o Atlético de Madrid mudar de patamar. E elas foram guiadas por Simeone. Ele merece estar acima até mesmo de Luís Aragonés (ícone do clube, falecido em 2014), independente se o ciclo vai continuar ou não. Simeone chegou no dia 23 de dezembro de 2011 e ressurgiu o clube, que poderia ter falido no inicio do século XXI. Ídolo como jogador e treinador!

O ATLETI É GIGANTE!

Os colchoneros são subestimados, e me incomoda ver comentários dizendo que é uma equipe retranqueira. Óbvio que não joga o futebol mais vistoso e, em determinados momentos, poderia buscar mais o ataque. Só quem tem um detalhe: nunca foi nossa característica. Temos nossa identidade, como o Barcelona tem a posse de bola e o tiki-taka. Não era a melhor estratégia do futebol diante do Liverpool e nem a pior contra o RB Leipzig. O futebol é plural!

Se o critério para uma equipe ser grande é ter a Liga dos Campeões, então somos inexistentes. Mas acredito em outros fatores para definir a grandeza de uma agremiação. Torcida, história e tradição não se compram. Esses quesitos fazem o Atlético de Madrid ser gigante!

Infelizmente, houve uma falha na recomposição e tomamos o segundo gol na reta final. Não deu tempo de reagir! A derrota dói demais? Claro! Foi vexatória? Não! Sabemos respeitar cada adversário. A eliminação, certamente, é uma frustração do próprio Simeone, de todos os jogadores e da torcida. Resta descansar e, mais a frente, pensar na próxima temporada. Como diz o nosso lema: 'Nunca dejes de creer' (Nunca deixe de acreditar). Como dizia Luís Aragonés: 'Somos el Atlético de Madrid'. Seguimos!

Aúpa Atleti

O texto é de responsabilidade do autor e não emite a opinião do Blog do Torcedor.*

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