Nascido no Recife e revelado nas categorias de base do Náutico, o zagueiro Nilson há quatro temporadas vem atuando no futebol da Coreia do Sul - uma das primeiras ligas a retomar o futebol durante a pandemia do novo coronavírus. Mesmo à distância, o jogador de 31 anos não deixa de acompanhar os times pernambucanos e está ligado na final do Estadual. Com passagem pela equipe do Salgueiro, em 2016, justamente a última equipe antes de se transferir para o futebol asiático, o defensor não esconde a sua torcida e gratidão pelo Carcará.
"Agradeço ao Salgueiro por abrir as portas para mim no momento que estava sem clube. É uns dos melhores times do interior e que sempre monta grande elenco para chegar nas finais. Espero que ele cresça ainda mais", declarou o zagueiro Nilson, que não esconde o desejo de voltar, em breve, a atuar no futebol brasileiro. "Gostaria de retornar para o Brasil se tivesse um bom planejamento junto com o clube. Mas pretendo terminar minha carreira no Brasil", contou o jogador do FC Anyang.
Enquanto essa oportunidade não surge, o defensor se diz adaptado ao futebol asiático. "No começo minha adaptação foi ruim, mas com o passar do tempo fui aprendendo um pouco da cultura e o jeito deles de jogar. Então, por isso, estou há tanto tempo na Ásia. Não é fácil, mas se você se dedicar bastante vai ter seus resultados futuramente", disse Nilson, que além do futebol coreano, também jogou no Japão, em 2013, no Sagan Tosu.
Com a covid-19 controlada na Coreia do Sul, a federação de futebol local vai liberar a presença de torcedores nas arquibancadas a partir da próxima rodada do campeonato nacional. Algo comemorado por Nilson. "A situação da covid na Coréia está controlada, graças a Deus. Na próxima rodada já vão liberar para os torcedores ir pro estádio. Isso é bom", destacou.
TIME DO CORAÇÃO
O fato de ter sido revelado nas categorias de base do Náutico é algo que liga o zagueiro ao clube. E, mesmo atuando em outro país há anos, não o deixa de buscar notícias do Timbu e a conversar com velhos amigos que até hoje trabalham na instituição. "O Náutico está numa boa crescente, só está faltando algumas peças para deixar o time mais forte. Tenho um carinho enorme pelo Náutico, porque ele me proporcionou muitas coisas. Joguei no Náutico por muito tempo... Dos meus cinco até 22 anos. Tenho grandes amigos que ainda estão lá e quem sabe um dia eu possa retornar", desejou.
