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Infantino respeitará todas as decisões da Comissão de Ética da Fifa

Davi Saboya
Davi Saboya
Publicado em 03/08/2020 às 17:02
Infantino quer valorizar Mundial de Clubes. Foto: AFP
Infantino quer valorizar Mundial de Clubes. Foto: AFP

AFP - O presidente da Fifa, Gianni Infantino, objeto de um julgamento criminal na Suíça desde quinta-feira, "respeitará qualquer decisão da Comissão de Ética" do órgão, informou nesta  segunda-feira o vice-secretário-geral da mais alta entidade do futebol, Alasdair Bell.

"Não tenho dúvidas de que Gianni Infantino cumprirá todas as decisões da Comissão de Ética", declarou Bell, para quem não há, no entanto, "nenhuma evidência de comportamento criminoso ou antiético".

No domingo, a Fifa divulgou uma declaração na qual informou que o presidente continuará no cargo apesar dos procedimentos criminais abertos pela justiça suíça.

A Fifa não especificou nesta segunda se a Comissão de Ética, órgão da justiça interna da entidade, abriu uma investigação contra Infantino ou não.

Essa comissão "deve realizar sua própria análise e tomar sua própria decisão (...) Nesse caso, deve avaliar se existem elementos sérios que poderiam justificar uma suspensão", reiterou Bell.

Questionado sobre a ausência de Infantino na videoconferência com a imprensa, Bell garantiu que o presidente da Fifa estará "disponível e conversará com a mídia para limpar seu nome".

"NADA A OCULTAR"

Na quinta-feira, o promotor federal extraordinário suíço Stefan Keller abriu um processo criminal contra  Infantino e o primeiro promotor do cantão de Haut-Valais, Rinaldo Arnold, principalmente por "abuso de autoridade", "violação do sigilo de função" e "obstrução da ação criminal", de acordo com as autoridades.

O anúncio foi feito uma semana depois do pedido de demissão do procurador-geral suíço Michael Lauber, questionado por sua gestão do Fifagate e suspeito de conluio com Infantino.

Lauber, então responsável pela investigação sobre o Fifagate, e Infantino, se encontraram de forma informal em vários ocasiões em 2016 e 2017, o que provocou dúvidas sobre um eventual conluio.

O procurador Stefan Keller, nomeado no fim de junho para examinar as denúncias penais apresentadas contra Lauber e Infantino, pediu a retirada da imunidade do primeiro para também ter condições de iniciar um processo contra ele.

Ele concluiu que "existem elementos que constituem um comportamento questionável" após um dos encontros entre Michael Lauber, o presidente da FifA e o primeiro promotor do cantão de Haut-Valais, Rinaldo Arnold.

O Fifagate começou com a operação da polícia de Zurique contra dirigentes da Fifa no hotel Baur au Lac em 2015. Na ocasião, a entidade era presidida por Sepp Blatter.

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Mais de 40 pessoas foram indiciadas até o momento pela justiça americana no "Fifagate", que revelou um vasto sistema de corrupção.

Na Suíça, mais de 20 processos relacionados com a Fifa foram abertos nos últimos cinco anos.

A Fifa assegurou em um comunicado emitido no domingo que Infantino nunca ocultou as reuniões que teve com Lauber e criticou os procedimentos da justiça suíça.

"Não houve e não há absolutamente nenhuma razão para iniciar uma investigação, porque nada de criminoso ou remotamente ocorreu. Não há nenhuma evidência concreta de qualquer tipo de crime", concluiu a Fifa em seu comunicado.

Nesta segunda, Bell repetiu que "não há elemento factual" que justifique a abertura desse processo, "a menos que a reunião com o promotor se torne um crime".

Nos últimos anos, a Comissão de Ética da Fifa emitiu várias suspensões provisórias contra ex-líderes de alto escalão da instância envolvidos em processos judiciais.

Assim, em 2015, o ex-presidente da entidade máxima do futebol, Sepp Blatter, e o então presidente da Uefa, Michel Platini, foram suspensos provisoriamente por três meses, alguns dias depois de testemunharem no âmbito de uma investigação da justiça suíça sobre pagamento de 2 milhões de francos suíços (2,1 milhões dólares), sem contrato por escrito, à Platini, supostamente por trabalhos de consultoria que haviam terminado em 2002. Blatter foi suspenso por seis anos e Platini por quatro.

O ex-secretário geral da Fifa Jérôme Valcke, suspeito de envolvimento em uma questão de revenda de ingressos na Copa do Mundo de 2014, foi suspenso por um período de 10 anos.

Membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) desde janeiro passado, Infantino também pode ser objeto de um processo da Comissão de Ética do órgão olímpico.

Questionado nesta segunda-feira pela AFP, o COI indicou que a diretora dessa comissão, Paquerette Girard Zappelli, "continua a situação e não pode comentar no momento", lembrando que "a presunção de inocência prevalece".

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