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Presidente do Conselho Deliberativo do Sport fala do projeto do novo estatuto

Lucas Holanda
Lucas Holanda
Publicado em 13/07/2020 às 12:36
Sport pode garantir permanência na Série A de forma antecipada. Foto: Antônio Gabriel/ Rádio Jornal
Sport pode garantir permanência na Série A de forma antecipada. Foto: Antônio Gabriel/ Rádio Jornal

A torcida do Sport vem se movimentando ativamente nas redes sociais pedindo uma mudança no estatuto do clube. E o projeto para isso acontecer já está sendo discutido e, se for aprovado, algumas coisas podem mudar no Leão. Em entrevista ao comentarista Ralph de Carvalho, da Rádio Jornal, o presidente do Conselho Deliberativo do Rubro-Negro, Fernando Pessoa, detalhou alguns pontos que estão sendo debatidos e que vão ser ou não aprovados pelos sócios na assembléia geral.

"A eleição de Milton teve por pressuposto algumas bandeiras. Dentre as quais, alteração estatutária para adequar o Sport a nova legislação esportiva, ao novo código civil e as possibilidades futuras do Sport desmembrar a parte de futebol e criar um SA ou coisa que o valha. Mais do que isso, uma questão de fiscalização ágil. Tudo isso este conselho, que honrosamente presido, mas presido sem poderes de império, porque é um conselho unido, que discutimos e chegamos em algumas deliberações", disse Fernando Pessoa, que completa explicando quais são essas propostas.

"No que diz respeito ao estatuto, estamos prevendo algumas alterações em tempo de mandato, dias das eleições, se pode ou não pode colocar no orçamento que vai vender 20 jogadores se não tem ninguém no seu senso de venda? Você pode adquirir créditos que comprometam gestões futuras? Você pode comprometer o patrimônio do clube? Patrimônio que o clube pode perder, inclusive. Todas essas questões estão sendo discutidas", detalhou o presidente do conselho deliberativo leonino.

Com relação ao limite de gastos pelo presidente, Fernando Pessoa afirmou que essa proposta prevê algumas amarras nesse ponto. No entanto, destacou que o sócio é quem vai decidir se aprova ou não essas alterações. Além disso, o dirigente leonino reforçou o discurso da transparência e de que respeita todos aqueles que compõe o Sport.

"Já existe esse limite de gastos, que não foi cumprido, inclusive. Mas nós estamos colocando algumas amarras. Mas nós estamos colocando como uma proposta, porque quem delibera e quem resolve democraticamente dentro do Sport são os sócios com direito ao voto na assembléia geral. Eu respeito muito as famílias que compõe o Sport. Agora afirmar que não existe democracia neste processo, pelo amor de Deus. Sou conselheiro do Sport desde 1982. Estou presidindo agora e todos nossos itens são absolutamente transparentes. Já fui vencido em vários itens, em um projeto que vai para a assembléia geral", pontuou.

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MUDANÇAS

Com relação as mudanças no Rubro-Negro, elas só poderiam acontecer para 2022, já que no fim de 2020 está previsto um novo pleito que vai decidir o futuro do Sport nos próximos dois anos. Vale lembrar que, se o projeto for aprovado, quem assumir o Leão em 2022 não poderá se reeleger, mas sim um mandato único de três anos à frente do clube leonino. Além disso, Fernando Pessoa destacou que ele defende que um percentual de pessoas da chapa derrotada integrem o conselho do Leão, como uma forma de dialogar com a oposição, já que a gestão é responsável por gerir um dinheiro coletivo e precisa ser transparante.

"Nós queremos (mudar tamanho do mandato do presidente). Isso já está deliberado a proposição. A partir da eleição de 2022, por que 2022? Você está querendo proteger Milton? Não, não é isso. É porque no direito existe o princípio da anualidade. Questões eleitorais e questões tributárias têm que ser deliberadas um ano antes de serem colocadas em prática. Vamos ter eleição este ano. Então para essa próxima eleição não podemos afirmar alterações de prazo e etc", explicou o presidente do conselho deliberativo do Sport.

"Já está aprovado pelo conselho, que vai ser discutido pela assembléia geral, para a partir de 2022: mandato de três anos sem reeleição, data de eleição para a primeira quinzena de novembro. Por que primeira quinzena de novembro?Porque existem variantes de jogos do Sport, dificuldades gerais do estado que permitam que a data seja flexibilizada para os primeiros quinze dias. Mas isso quem vai decidir é a assembléia geral", afirmou Fernando Pessoa, que completa falando sobre a proposta de pessoas da chapa derrotada integrarem o conselho do Leão.

"O sócio precisa saber o seguinte: que o conselho é quem elege isso está pacificado. Nós estamos discutindo o percentual da chapa derrotada no número de conselheiros que vai colocar lá. Porque precisamos estar com os ouvidos abertos para o que a oposição diz. Isso é muito importante. Até porque nós não somos serviço público, mas nós gerimos dinheiro coletivo. E quem gere dinheiro coletivo precisa prestar contas de forma absolutamente transparente. Isso é minha opinião, o conselho ainda não deliberou, mas é o que está no projeto", explicou o dirigente leonino.

ARNALDO BARROS E JOÃO HUMBERTO MARTORELLI

Sobre o processe que suspende os ex-presidentes Arnaldo Barros e João Humberto Martorelli do quadro de sócios do Sport, Fernando pessoa afirmou que o clube ainda não desistiu. No entanto, por conta da pandemia do novo coronavírus, o processamento da ampla defesa dos dois ex-mandatários ainda não foi efetivado, segundo o presidente do Conselho Deliberativo rubro-negro. Portanto, cabe ao clube aguardar que isso seja feito.

"O Sport não pode desistir (do processo) quando foi deliberado esse ato de suspensão foi feito de forma presencial lá na sede. Mas nós não podemos apagar a história e restringir o direito de defesa. Nós fomos atropelados pela pandemia. Estamos lidando com dois ex-presidentes do Sport. Podemos discordar e até nos tornarmos absolutos adversários, mas eles têm direito de defesa. A pandemia está impedido que o processamento da ampla defesa seja efetivado. Temos que aguardar", afirmou Fernando Pessoa, que completa explicando que o Leão vai levar as contas da gestão anterior ao Ministério Público de Pernambuco quando ele abrir de forma presencial.

"Sou recentemente aposentado do Ministério Público de Pernambuco. E quem tem o poder de dizer se Arnaldo (Barros) ou qualquer outro presidente prevaricou ou cometeu algum crime, são essas pessoas que têm capacidade para isso e poder para averiguar mais. Nós estabelecemos uma comissão diante do conselho e essa comissão chegou a alguns indícios. Mas existe essa diferença entre indícios e se realmente fez. Estamos aguardando que o Ministério Público de Pernambuco abra de forma presencialmente para levarmos essas contas lá. O Ministério Público chegará a conclusão que chegar e o Sport vai acatar", finalizou.

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