Da Agência Brasil - Discurso afinado com o presidente do Fluminense Mário Bittencourt e afiado contra o retorno do Campeonato Carioca. Assim foi a entrevista coletiva virtual do volante Hudson, na manhã desta quarta-feira (24), pouco antes do início das atividades físicas presenciais, no Centro de Treinamento (CT) Carlos Castilho, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Firme em todas as respostas, o jogador manteve o posicionamento do Fluminense contra o retorno imediato do Campeonato Carioca, elogiou Bittencourt e questionou os interesses de outros clubes pela volta da competição, uma vez que os demais Estaduais ainda não recomeçaram.
“Eu não tinha conhecido um presidente tão transparente e preocupado com o que os atletas pensam. Ele é um cara que trabalha exclusivamente para o Fluminense, não pensa em fatores externos, em qualquer tipo de manipulação ou de favorecimento a terceiros. Ele é um cara consciente e, como dono da instituição, ele se posiciona muito bem, na minha visão. No lugar dele, eu me posicionaria igualmente. É um momento muito difícil você ter que jogar futebol, paixão da maioria do povo brasileiro, sendo que o Brasil vive um momento dificílimo. Várias pessoas estão deixando de fazer suas coisas, mas o futebol precisa voltar com urgência, sem a preparação devida. É muito estranho essa pressa em voltar no Rio de Janeiro, um estado que é o segundo mais atingido no Brasil, sendo que há outros estados com menor índice e não há tanta pressa assim. Na minha visão, o futebol está voltando com tanta pressa assim por causa de diversos interesses internos e externos. Acho que só não enxerga isso quem não quer”.
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Questionado quais seriam os interesses internos e externos para o retorno do Campeonato Carioca, Hudson respondeu.
“Por exemplo, não tem só Flamengo e Vasco. Tem os clubes pequenos também que a gente sabe que precisam do futebol mais ainda para se manter. É a oportunidade de os jogadores se mostrarem, conseguirem um contrato para o segundo semestre. Flamengo e Vasco são grandes equipes do futebol brasileiro, eles deveriam dar o exemplo de um posicionamento. A gente vê alguns favorecimentos já acontecendo na parte externa, que eu não vou me alongar muito aqui, acho que não cabe muito a mim isso. Eu me preocupo muito com o futebol em si, e as partes externas têm que ser resolvidas externamente. Eu tenho que me preocupar em performar, mas tenho uma opinião muito bem formada e confesso que, às vezes, prefiro não detalhar ou explicar para que não venham polemizar ainda mais tudo que já está sendo polêmico no futebol brasileiro neste momento”.