Por conta da pandemia do novo coronavírus, o futebol está paralisado há mais de um mês e meio e ainda não tem previsão de retorno. Nas últimas semanas, tentativas de projeções para um cenário de retorno, mas ainda nada indefinido. Em meio a esse cenário, alguns jogadores do futebol brasileiro gravaram um vídeo nessa segunda-feira se posicionando contrario a possíveis mudanças em leis do futebol e, claro, deixar bem explícito de que os atletas só voltam com o aval das autoridades de saúde.
Nesta terça-feira, Grêmio e Internacional vão realizar treinos em seus CTs. No Campeonato Paulista, por exemplo, uma reunião definiu que os clubes só voltam com o aval das autoridades de saúde, portanto ainda não há data para um retorno - seja lá de qual clube for. Esse cenário de São Paulo também se aplicar aqui em Pernambuco, onde o Trio de Ferro e os demais times já deixaram bem claro de que não voltam a treinar e muito menos jogar sem autorização.
Em meio à queda de receitas por parte dos clubes, o deputado federal Arthur Oliveira propôs um projeto de lei para tentar amenizar o impacto causado pela pandemia do novo coronavírus nas finanças dos times. Uma das medidas, por exemplo, é o congelamento do pagamento do Profut. No entanto, não é isso que incomoda os jogadores, mas sim um artigo que prevê redução de 50% da cláusula indenizatória em rescisão de contratos. Porém, o deputado Júlio Delgado publicou uma emenda que derruba essa cláusula.
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PEDIDO DE UNIÃO
O vídeo conta com participação de uma série de jogadores do futebol nacional. Os meias Éverton Ribeiro e Diego (Flamengo), o goleiro Fernando Prass (Ceará), o atacante Alecsandro (CSA), o zagueiro Leandro Castan (Vasco), o goleiro Fernando Henrique (CSA), o zagueiro Réver e o goleiro Victor (Atlético-MG), o volante Hudson e o meia Nenê (Fluminense), o zagueiro Bruno Alves (São Paulo), o atacante Marinho (Santos), o zagueiro Léo e o goleiro Fábio (Cruzeiro) e o volante Felipe Melo (Palmeiras).
No material preparado pela Federação Nacional de Atletas Profissionais (Fenapaf), o discurso dos jogadores foi de união e de racionalidade, pedindo diálogo e colocando a saúde em primeiro lugar. "Brasil, é hora de união de todos. Somos um povo, uma nação, temos diferentes realidades na nossa classe. A maioria só trabalha três vezes por ano. 95% de nós recebemos menos do que dois salários mínimos. Mudar as leis sem ouvir a gente? Isso não é legal. Estamos aqui e precisamos ser ouvidos com atenção. Afinal de contas, somos uma democracia. O povo brasileiro ama e quer o futebol de volta, nós também amamos e queremos voltar. Nossas famílias precisam de nós. Somos todos pelo trabalho, mas precisamos pensar na saúde de todos nós. Trabalho seguro, grandeza da nação. Com fé, venceremos essa partida juntos", dizem os jogadores no vídeo.
