Proprietário e presidente do Valladolid, da Espanha, Ronaldo Fenômeno publicou uma carta para os 22 mil sócios do clube. O ex-jogador brasileiro reforçou o apoio aos torcedores em meio à pandemia do novo coronavírus, que infectou mais de 200 mil pessoas no país e deixou mais de 20 mil vítimas fatais.
"Estamos separados pela distância física, mas estou convencido de que nunca estivemos tão juntos. Empatia é o que nos une agora o espírito coletivo, responsabilidade, humanidade. Estamos dentro de nossas casas por nós mesmos, por aqueles que amamos, por todos que nem conhecemos e por aqueles que não podem mais estar conosco. Ajudamos um ao outro, aprimorando essa solidariedade de várias maneiras", diz um trecho da carta.
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Momento para ser superado
Ronaldo lembrou um dos momentos mais difíceis de sua carreira, quando sofreu a primeira lesão no joelho. "Quando sofri minha primeira e mais grave lesão no joelho, havia pessoas que disseram que eu nunca mais jogaria futebol e que nunca mais voltaria a andar. Senti como se minha própria vida estivesse sendo tirada de mim. Foi nesses momentos que meus limites foram testados, e lutei para mudar essas opiniões e mostrar a todos que eu podia fazer o que mais queria. Foram três anos muito difíceis de reabilitação, motivados pelo desejo de voltar a sentir tudo o que eu só podia sentir em campo, com a bola nos pés. No final, chegou talvez o mais emblemático de toda a minha carreira: em 2002, lá estava eu, no Japão, disputando uma final da Copa do Mundo com o Brasil. Marcando dois gols contra a Alemanha. Para o meu país, o título pentacampeão, para mim, a consagração do meu retorno", escreveu o ex-jogador.