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Ser atleta prepara o organismo, mas não é suficiente para evitar coronavírus

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 27/03/2020 às 7:22
O jogador de vôlei francês Ervin Ngapeth ficou 15 dias internado. Foto: Reprodução/Instagram
O jogador de vôlei francês Ervin Ngapeth ficou 15 dias internado. Foto: Reprodução/Instagram

"No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar" foi a declaração do presidente da república Jair Bolsonaro, ao chamar o novo coronavírus novamente de "gripezinha". Meio milhão de pessoas já contraíram a Covid-19 ao redor do mundo, com mais de 20 mil mortes contabilizadas em apenas três meses. Entre os infectados, jogadores de futebol, basquete, vôlei e outros esportes.

Obviamente, levar uma vida saudável deixa o organismo mais preparado para enfrentar doenças em geral. Mas não significa imunidade. "Ser atleta diminui o risco no sentido de ter o organismo mais preparado. Outros fatores podem impactar. Alguma doença anterior ou a idade. Não só a questão de ser atleta vai ser suficiente. Ser saudável é bom, é importante, mas não só isso é suficiente para que não aconteça", explicou o médico infectologista Moacir Jucá.

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O astro do basquete Kevin Durant, o ponteiro de vôlei Ervin Ngapeth, o atacante de futebol argentino Paulo Dybala, o nadador campeão olímpico Camaron van der Burgh e a ponteira brasileira Drussyla são alguns exemplos de atletas acometidos pela doença. O francês Ngapeth precisou, inclusive, ser hospitalizado. O jogador de vôlei passou 15 dias internado, recebendo alta nesta quinta-feira (26).

Em seus relatos nas redes sociais, o francês destacou três dias bastante complicados. "Obrigado do fundo do meu coração a toda a equipe médica. Enfermeiras, médicos, governantas, cozinheiros e todos que eu tenha esquecido. Agradeço ao meu clube por todo o apoio dado nesses 15 dias para que eu esteja nas melhores condições possíveis e que esse momento complicado da minha vida aconteça da melhor maneira. Juntos, vamos destruir esse vírus de m****. A luta continua. Fique em casa, nunca foi tão fácil vencer uma guerra", escreveu Ngapeth.

O nadador sul-africano Van der Burgh também usou as redes sociais para contar como se sentiu. "De longe, o pior vírus que enfrentei, apesar de ser uma pessoa saudável, com pulmões fortes (não fumo/pratico esporte), vivendo uma vida saudável e sendo jovem. Mesmo que os sintomas mais fortes tenham diminuído (febre alta), ainda sinto um forte cansaço e uma tosse residual da qual não consigo me livrar. Qualquer atividade física, como andar, me deixa exausto por horas", destacou.

Por isso, o médico Moacir Jucá ressalta que a resposta de cada pessoa é individual. "É uma doença viral. A maioria vai ter sintomas leves, mas, mesmo saudável, pode ter sintomas exacerbados. Pode depender do momento. Fatores daquele momento, inclusive estresse ou cansaço, podem fazer com que a doença seja sentida mais exacerbada", emendou o infectologista.

Mesmo não sendo o suficiente para reduzir os sintomas ou frear o contágio, o médico destaca que é preciso estimular uma vida saudável. Uma vida ativa aumenta a chance de ter uma resposta melhor e ajuda na recuperação. Não é o suficiente, por envolver outros fatores, mas reforça o indivíduo para encarar a Covid-19.

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