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Fifa e confederações se reúnem para retomar controle do calendário do futebol mundial

Klisman Gama
Klisman Gama
Publicado em 18/03/2020 às 16:36
Direitos humanos tem sido uma das grandes pautas antes da Copa de 2022. Foto: Divulgação
Direitos humanos tem sido uma das grandes pautas antes da Copa de 2022. Foto: Divulgação

AFP - Diante do fato consumado de um adiamento da Eurocopa para 2021, o chefe do futebol mundial Gianni Infantino convocou nesta quarta-feira os presidentes das seis confederações para tentar recuperar o controle. E reprogramar a nova Copa do Mundo de Clubes é uma de suas prioridades. 

Diante da pandemia de coronavírus, a Euro-2020, que deveria ser disputada de 12 de junho a 12 de julho, foi adiada para o próximo ano. Isso deve permitir que antes do verão europeu seja possível concluir os campeonatos nacionais, a Liga dos Campeões e a Liga Europa, importantes desafios esportivos e financeiros para a sobrevivência de ligas e clubes.

A Copa América, a competição sul-americana equivalente à Eurocopa, também foi adiada para 2021, uma decisão tomada na terça-feira pela Confederação Sul-Americana de futebol (Conmebol) em alinhamento com a Uefa. 

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PACTO UEFA-CONMEBOL

É importante lembrar que seus respectivos presidentes, o paraguaio Alejandro Dominguez e o esloveno Alexsander Ceferin, selaram recentemente um pacto, claramente dirigido contra Infantino, a quem eles acusam de falta de transparência e de consultá-los em suas decisões, como a de lançar a partir de 2021, uma Copa do Mundo de Clubes (CMC) aumentada para 24 equipes. 

O sucessor de Sepp Blatter havia prometido em um primeiro tempo mil maravilhas nessa novidade, garantindo que um fundo de investimento estava pronto para injetar até 25 bilhões de dólares (22,9 bilhões de euros) em várias edições. 

Mas o projeto fundamentado, uma única edição oficialmente agendada para 2021, organizada na China, sem concorrência de outros países interessados em sediar o evento e com receita esperada de cerca de 1 bilhão de dólares (917 milhões de euros). 

Na terça-feira, a Fifa levantou a possibilidade de reagendá-la para o final de 2021, em 2022 (meses antes da Copa do Mundo do Catar) ou em 2023. A reunião desta quarta-feira, além de um diálogo mais ou menos de fachada, "parece uma manobra de propaganda para mostrar que a Fifa ainda está liderando o debate quando não decidiu nada", analisa um especialista em futebol mundial. 

FIFA "TENTA SALVAR SUA IMAGEM"

 "A Fifa está tentando livrar sua imagem e Gianni Infantino quer mostrar presença", acrescenta, dizendo que "é muito complicado reprogramar a CMC em 2021 ou em 2022. Sobra 2023". Na noite de terça-feira, Ceferin explicou que havia falado ao telefone com Infantino naquela manhã para "dizer a ele que a Euro seria adiada para 2021" e que, segundo ele, "é a única solução e a Copa do Mundo de Clubes não pode ocorrer em 2021".

Perguntado se havia sido firmado um compromisso entre os dois dirigentes, Ceferin respondeu no tom seco que lhe é característico: "Não, não discutimos, a discussão foi sobre a Euro". 

Para um executivo do futebol mundial, "a Fifa se encontra um pouco diante do fato consumado de que a melhor solução seria a de convocar 'estados gerais do futebol' quando a crise do coronavírus terminar para reformular o calendário mundial e reagendar a Euro e a CMC". 

Os sérios problemas no calendário da Fifa, das confederações e das federações estarão, obviamente, no centro das discussões. Embora a paralisia do futebol planetário ponha em risco a saúde econômica de clubes e ligas, a criação de um "fundo global de ajuda ao futebol" também será discutida, mesmo que a Fifa, que guarda um 'colchão' de cerca de 1,5 bilhão de dólares em reservas (1,37 bilhão de euros), ainda não divulgou números sobre seu possível montante.

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