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Clássico das Multidões é marcado pela violência após fim das organizadas

Túlio Feitosa
Túlio Feitosa
Publicado em 07/03/2020 às 20:28
Confusão antes do clássico. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen
Confusão antes do clássico. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen

Por JC Online

O que tinha tudo para ser uma festa dentro de campo virou uma guerra campal antes dos 90 minutos do primeiro Clássico das Multidões do ano, na Ilha do Retiro, pela 6ª rodada da Copa do Nordeste. A decisão judicial pela extinção compulsória da Torcida Jovem do Sport e da Torcida Organizada Inferno Coral, de 17 de fevereiro, praticamente não teve efeito no mundo real. Com violência e sem escolta policial específica, bandos de um lado e do outro se enfrentaram em vias e terminais do Grande Recife, confrontaram a policiais, ameaçaram cidadãos e, no final, a maioria assistiu ao 1x0 dos rubro-negros contra os tricolores, se provocando ainda mais.

Apesar da proibição, uniformizadas continuam presentes. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Apesar da proibição, uniformizadas continuam presentes. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen
Membros da principal torcida organizada do Santa Cruz agrediram um torcedor do Sport. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen - Membros da principal torcida organizada do Santa Cruz agrediram um torcedor do Sport. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen
Confronto entre organizadas nas proximidades da Ilha do Retiro, antes do Clássico das Multidões. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen - Confronto entre organizadas nas proximidades da Ilha do Retiro, antes do Clássico das Multidões. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen
Torcidas organizadas antes do Clássico entre Sport e Santa Cruz. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen - Torcidas organizadas antes do Clássico entre Sport e Santa Cruz. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen
Reportagem do Jornal do Commercio e Blog do Torcedor flagrou a a ação da polícia. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen - Reportagem do Jornal do Commercio e Blog do Torcedor flagrou a a ação da polícia. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagen

Trabalharam na operação do jogo, segundo nota da Secretaria de Defesa Social, 497 policiais militares, na área interna, externa e principais vias de acesso à Ilha do Retiro. Ainda segundo o texto, foram “385 policiais no acesso ao local da partida, inclusive com guarnições motorizadas nas áreas de estações de metrô e terminais integrados de passageiros, a fim de inibir a ação de vândalos. Dentro do estádio, atuaram 112 policiais do Batalhão de Choque. O Centro Integrado de Controle e Comando Regional (CICCR) monitorou toda a operação, com câmeras de videomonitoramento e contato direto com os policiais nas ruas e no campo”. Não há informações sobre detidos.

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As primeiras informações de violência a que a reportagem do JC teve acesso foram ainda do começo da tarde deste sábado. Dois grupos se enfrentaram na Estação Camaragibe do Metrorec, na cidade de Camaragibe, na Região Metropolitana, uma distância de cerca de 12 quilômetros do estádio.

JC e Blog do Torcedor entraram em contato com estabelecimentos próximos ao local da confusão, que confirmaram o acontecimento. A atendente de uma farmácia, que preferiu não se identificar, disse ter escutado quatro tiros.

A Polícia Civil e a Polícia Militar foram contatadas pela reportagem. Em nota, a PM disse que “na manhã de hoje, por volta das 11h30, policiais militares do 20° BPM foram acionados para averiguar um conflito entre torcedores do Santa Cruz e Sport dentro da integração de Camaragibe, onde os mesmos estavam soltando fogos contra os adversários. O efetivo policial conseguiu dispersar os responsáveis e controlar a situação no local, onde permanece realizando rondas. Não houve detidos.”

Nas proximidades do Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, no Grande Recife, um grupo de torcedores do Sport a caminho da Ilha do Retiro, de amarelo, aparece sendo abordado por duas viaturas de polícia. Em outro local, um dos torcedores caminhava com uma barra de madeira na mão.

Depois, mais vídeos de usuários do WhatsApp se espalharam com gritos de provocações de outros grupos na Avenida Conde da Boa Vista, região Central do Recife, mais perto da Ilha do Retiro. Em todo trajeto, a Polícia Militar não realizou o cerco que fazia controlando integrantes violentos de torcidas visitantes a caminho de clássicos. Isso ocorria antes da decisão de extinção das organizações. Além da Jovem e da Inferno, a alvirrubra Torcida Jovem Fanáutico também está incluída na lista de facções proibidas pela justiça pernambucana de atuar.

O terror aumentou nas proximidade da Ilha do Retiro, nas imediações da Avenida Agamenon Magalhães, na altura do Real Hospital Português, quando torcedores de um lado e do outro se encontraram. No local, a polícia reagiu para conter a violência. Em um dos momentos, usou helicóptero para dispersar. Segundo o repórter-fotográfico do JC, houve disparos da aeronave.

Em nota, a Secretaria de Defesa Social disse que “o Grupamento Tático Aéreo (GTA) utilizou artefatos não-letais de efeito moral (gás lacrimogêneo) para ajudar a conter torcedores que promoviam tumulto, contando também com a intervenção, em terra, de policiais militares do 12º Batalhão”.

Torcidas Organizadas

O juiz Augusto Sampaio Angelim, da 5ª Vara da Fazenda Pública, decretou extinção compulsória da Jovem, Inferno Coral e Fanáutico no dia 17 de fevereiro. Também determinou que cada uma pague à Justiça 10% dos honorários advocatícios do valor da causa.

A sentença foi resultado de duas ações movidas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contra as torcidas organizadas, em 2012 e 2014. E que foram julgadas após aumento da pressão social com episódio mais recente de violência protagonizada por esses grupos. Durante uma celebração pelos 106 anos de fundação do Santa Cruz, no Pátio de Santa Cruz, região central da capital, integrantes da Jovem levaram pânico chegando de surpresa e atuando inclusive contra crianças.

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