A cada entrevista de Itamar Schulle fica mais evidente o seu descontentamento com a lentidão da diretoria do Santa Cruz para contratar as peças necessárias para reforçar o elenco tricolor. E, nesta quarta-feira (29), contra o CRB, quando o Tricolor conheceu a sua primeira derrota na temporada, o comandante coral mais uma vez enfatizou a urgência da chegada de novos atletas para agregar ao grupo.
Em determinado momento da coletiva, Schulle chegou a fazer uma previsão caso essa situação não mude. “Não comecei no futebol hoje. Sei onde isso termina. Mais um ou dois jogos sem vencer... Isso termina sempre onde? No treinador”, desabafou Itamar, se referindo a uma possível pressão em cima do seu cargo em caso de uma sequência negativa do Santa Cruz.
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Contra o CRB, por exemplo, o treinador coral só contou com seis atletas no banco de reservas. Uma prova clara de quanto o plantel está enxuto e carece de reforços. E, para alarmar ainda mais, o Tricolor tem uma sequência pesada pela frente: recebe o Vitória de Santo Antão, domingo, no Arruda, pelo Pernambucano; vai até Cuiabá encarar o Operário de Vargem Grande, quarta-feira (5/2), pela Copa do Brasil; e, no sábado (8/2), encara o Fortaleza, na Arena Castelão, pela Copa do Nordeste.
“Ao meu ver, não tem como colocar pelo quinto jogo seguido a mesma equipe. Até porque jogamos no domingo e na segunda já viajamos (para Cuiabá) para jogar na quarta. Se fizermos isso corremos o risco de mais de 90% de termos lesões. O planejamento correto, numa grande equipe, seria esse (rodízio). Mas não temos esse time alternativo. Se pouparmos todos que estão aqui (em Maceió), não teremos nem os 11 para jogar domingo. Talvez até tenha, mas não teríamos opções no banco. Precisamos de reforços. Quarta temos uma decisão. Vamos disputar um título contra o Operário, pela Copa do Brasil”, explicou Itamar Schulle. “Quando os resultados não vêm, sempre sobra para o treinador”.
SETOR DEFENSIVO
Mesmo com a derrota para o CRB, o comandante coral gostou da postura defensiva do time, mas fez ponderações. “Essa dupla de zaga é muito firme. Eles (Danny Morais e William Alves) trabalham muito e faz com que evoluam. Os laterais precisam de ajustes, mas Fabiano está evoluindo e Júnior também. Nossos volantes tem bom passe e saída de bola, mas a equipe precisa de mais características diferentes e peças para mudanças para que o Santa Cruz busque o que quer no ano... Avançar na Copa do Brasil, na Copa do Nordeste e brigar pelo título Pernambucano. E, também, o acesso à Série B”.
