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Ex-árbitro Cláudio Mercante trabalha como motorista de aplicativo

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 20/12/2019 às 17:32
Cláudio Mercante pendurou o apito em 2015. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Cláudio Mercante pendurou o apito em 2015. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Ao solicitar um transporte via aplicativo, o passageiro não conhece quem é o motorista que vai chegar. Mas, imagine a surpresa de alguns torcedores pernambucanos ao pedir o carro e Cláudio é o que aceita a corrida. Até aí, tudo bem. Ao abrir a porta do carro, atrás do volante está o ex-árbitro Cláudio Mercante. Fora de campo, é assim que ele trabalha atualmente.

Mercante parou de apitar em 2015, aos 39 anos. Ele era um dos principais árbitros do estado e continuou por mais um ano como instrutor de árbitros da Federação Pernambucana de Futebol (FPF). "Depois, a Federação me descartou. Me inscrevi no Uber e até hoje", disse, em entrevista ao Blog do Torcedor nesta sexta-feira (20).

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Há três anos, o ex-árbitro é reconhecido por quem gosta de futebol e entra em seu carro. Mercante coleciona as boas histórias, dos elogios ao trabalho. Mas, os torcedores mais rancorosos admitem. "Tem uns que reclamam, diz que já esculhambou. Mas a maioria sempre elogia o trabalho que foi feito", emendou o motorista. Por sua vez, ele prefere evitar as polêmicas como 2011, na famosa final do Campeonato Pernambucano entre Sport e Santa Cruz.

DO APITO PARA O VOLANTE

O trabalho no aplicativo começou pela necessidade. Ao sair da FPF, o ex-árbitro se deparou com um mercado de trabalho ruim. "Vi uma oportunidade boa de ganhar dinheiro honestamente dirigindo pelo aplicativo", contou. Para conseguir tirar um bom salário, ele estipula metas diárias, saindo de manhã cedo e retornando à noite.

Na opinião do ex-árbitro, a maior dificuldade enfrentada é a falta de segurança. "A gente está a mercê, está na rua. Infelizmente, a plataforma ainda não dá essa segurança para o motorista que está trabalhando honestamente", completou.

Durante 20 anos, Cláudio Mercante se dedicou exclusivamente à arbitragem. Agora, apita todos os domingos uma pelada em Jardim Paulista Baixo, na Região Metropolitana do Recife, para não perder a forma e fazer o que gosta. "Quando gosta, não esquece."

A vontade de voltar a instruir existe, mas ele não vê possibilidade por enquanto. Então, segue no volante sendo reconhecido pelos torcedores. Inclusive os mais rancorosos.

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