Pela primeira vez, depois de anos, talvez décadas, Sport, Náutico e Santa Cruz terminam uma temporada, juntos, sem aumentar seu passivo. Pelo menos em relação aos jogadores contratados em 2019. Porque tiveram responsabilidade fiscal. E devem manter a política de pés no chão, pegando a própria gestão é até de rival como espelho.
Mesmo o Santa Cruz, único a não obter acesso ou título, conseguiu manter o equilíbrio financeiro. Graças, claro, por ter chegado à quarta fase da Copa do Brasil, acumulando ganho de quase R$ 4,5 milhões só de cota de TV. No caso coral, o problema foi a gestão do futebol e, consequentemente, seus resultados. Aí o espelho passa a ser o Náutico, vice-campeão estadual e vencedor da Série C.
Mirando o arquirrival, o Santa deve diminuir a quantidade de contratações. Aproveitando mais a base, como o Timbu fez, e concentrando o poder de fogo em menos jogadores. Mais qualidade, menos quantidade. Tentar ser mais cirúrgico.
Sport e Náutico, com orçamento maior, podem aumentar o nível dos reforços. Devem, até. Mas sem esquecer o recente passado de exageros. E desmandos.