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Sede da Euro-2020, Romênia sofre com problemas estruturais e esportivos

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 28/11/2019 às 17:45
O Steaua Stadium ainda está em obras. Foto: DANIEL MIHAILESCU / AFP
O Steaua Stadium ainda está em obras. Foto: DANIEL MIHAILESCU / AFP

Da AFP - A Romênia receberá no sábado (30) o sorteio da Euro-2020 e será um dos 12 países anfitriões. O país deveria sorrir, mas, a sete meses do início da competição, se vê repleto de dúvidas, já que sua seleção precisa disputar a repescagem para se classificar e não está pronta para organizar o torneio.

"Estou decepcionado, porque nem os estádios, nem a infraestrutura para lidar com os turistas estão acabados. Isso sem falar do estado do futebol romeno", lamentou Alexandru, torcedor de 38 anos entrevistado pela AFP após uma nova derrota, 5x0 diante da Espanha em meados deste mês, na última partida das eliminatórias para a Eurocopa.

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O novo técnico da seleção, Mirel Radoi, estará presente no sorteio oficial do torneio que será realizado neste sábado em Bucareste sem saber se sua equipe jogará a competição continental: a Romênia precisa sobreviver a uma repescagem, na qual enfrentar a Islândia no dia 26 de março em Reykjavik, antes de uma eventual final contra Bulgária ou Hungria, em 31 de março.

O ambiente não é dos mais otimistas em relação às obras dos estádios da capital. Os diversos atrasos ficaram evidentes após a posse do novo primeiro-ministro, Ludovic Orban, que pediu um relatório em novembro, poucos dias depois de assumir o cargo. "As obras não avançaram nada em quatro anos", lamentou Orban, que responsabilizou os governos anteriores.

A Romênia prometeu a modernização de quatro estádios da capital para que pudessem receber os treinos das seleções classificadas, mas, para Orban, somente dois estarão "operantes" antes do primeiro jogo da Eurocopa, previsto para 14 de junho de 2020.

A fundação do terceiro estádio acaba de ser instalada e, devido a um litígio, as obras do último estádio sequer começaram.

Os quatro jogos do grupo C, que já tem as presenças confirmada da Ucrânia e da Holanda, serão disputados na National Arena de Bucareste, um estádio para 55.000 espectadores, homologado para competições europeias.

Benefícios econômicos

"Eu fiquei feliz quando soube que íamos sediar esses jogos, pensando que finalmente teríamos novas infraestruturas em Bucareste. Mas resolvemos o problema 'à la Romênia'", não respeitando compromissos, ironizou outro torcedor, Adrian, de 32 anos.

Inaugurado em outubro, as obras da via férrea que deveriam unir o aeroporto à principal estação de Bucareste estão paradas devido a um recurso apresentado por vizinhos.

Diante das críticas, o coordenador nacional do torneio, Florin Sari, garantiu não estar preocupado. "Percorremos um longo caminho e entramos na reta final", afirmou à AFP. "As infraestruturas prometidas não são uma exigência da Uefa, simplesmente estavam destinadas a apoiar nossa candidatura", completou.

As seleções terão à disposição, ainda segundo Sari, três outros estádios para treinamentos, na periferia da capital.

Para comemorar os 60º aniversário da Eurocopa, a Uefa elegeu uma organização complexa e inédita dos jogos do torneio, repartidos em uma dezena de cidades de outros tantos países. Iulian, torcedor de 31 anos, tem visão diferente: "É genial, temos a ocasião de ver todos esses jogos aqui, isso não acontece todos os anos".

O setor hoteleiro também esfrega as mãos. "Espera-se um total de 120.000 turistas estrangeiros que passarão uma média de dois dias na Romênia e que gastarão entre 72 e 96 milhões de euros", revelou à AFP o presidente da Federação Hoteleira Romena (FHR), Calin Ile.

"Talvez não seja tudo perfeito, mas estaremos à altura", opinou o jornalista esportivo Ovidiu Ioanitoaia.

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