Assim como nos dois últimos anos, o Náutico quer manter (corretamente) a política de pés no chão. Gastando apenas o que pode, para se manter equilibrado financeiramente e, com isso, não causar rombos vistos em gestões passadas. Mas ser cauteloso e responsável não significa ser apenas econômico.
Projetando folha salarial de R$ 500 mil, o Timbu teria muito mais dificuldade de brigar por mais um acesso. É só ver o quanto gasta por mês os times que brigam no pelotão de frente na atual Série B. Todos com gastos mensais superiores a R$ 1 milhão (Bragantino, Sport e Coritiba).
Aliás, apenas três clubes têm folha igual ou inferior a R$ 500 mil. Curiosamente e não coincidentemente alguns dos piores colocados: Figueirense e Oeste, além do Paraná.
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Não quer dizer que gastar mais signifique ganhar mais. Mas ajuda. Dá chance de contratar melhor e com margem de erro maior. Se o Náutico quer folha enxuta, precisa sair na frente e acertar mais que os rivais nos reforços. Ou então buscar meios para aumentar seu investimento. Para não ficar refém de cotas da Copa do Brasil, Nordestão ou alguma venda de jogador.