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Ex-presidente do Santa Cruz quebra silêncio: "Minha nota está entre 6 e 7"

Davi Saboya
Davi Saboya
Publicado em 29/09/2019 às 9:04
Alírio Moraes (D) ao lado do vice-presidente Constantino Júnior na época. Foto: Andre Nery/Acervo JC Imagem
Alírio Moraes (D) ao lado do vice-presidente Constantino Júnior na época. Foto: Andre Nery/Acervo JC Imagem

Depois de uma temporada fora do comando do Santa Cruz, o ex-presidente Alírio Moraes voltou a falar sobre os anos dentro do clube. Ao repórter Davi Saboya, do Blog do Torcedor e Jornal do Commercio, comentou a respeito trabalho no Conselho, erros, acertos, nota da gestão, estatuto e Constantino Júnior.

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CONFIRA

ANO PASSADO

Quando aceitei o convite de permanecer no clube na presidência do Conselho Deliberativo, coloquei como condição junto ao nosso grupo político interno, participar pouco desse primeiro ano. Deixei o Executivo muito cansado, combalido, com dívidas que caíram sobre mim e sobre a minha esposa. Precisei me dedicar mais a minha vida profissional. Porém, mesmo trabalhando de forma remota, acompanhei tudo que estava acontecendo. Conseguimos já em 2018 aprovar o regimento interno, criar a comissão do estatuto. Pode ser que para a torcida, eu estivesse fora. Mas estava participando. Me coloquei à disposição de Constantino (Júnior, presidente), pois sabia que ele (Constantino Júnior) iria enfrentar muitos obstáculos.

AVALIAÇÃO

Acertamos muito, erramos muito, de boa fé, claro. Têm situações que é igual a música Roda Viva, de Chico Buarque, ‘na volta do barco é que sente o que deixou de cumprir’. Ou seja, esse filme voltando, faria algumas coisas diferentes. Só que naquela ocasião existiam circunstâncias novas. Era o primeiro presidente a cumprir três anos. Em 2017, estava em uma estafa muito grande. Sentindo o peso da situação financeira, o clube já não pagava as coisas, e terminei, colocando minha vida particular no jogo. Não preciso dizer que o resultado foi muito ruim. Mesmo assim, deixei alguns legados. Troféu inédito (Copa do Nordeste) na galeria do clube.

RENOVAÇÃO

Esse processo de renovação do quadro do clube começou comigo lá atrás. Comecei a trazer pessoas novas que nunca tinham trabalhado de forma efetiva em alguma gestão. Vejo todo esse processo que vivi no comando do Santa Cruz com ganhos, perdas e um aprendizado valioso. Um dia vou me despedir da vida satisfeito por ter servido ao meu clube. Como diz o nosso hino, me dediquei de corpo e alma. Em momento nenhum lamentei, procurei não levar os problemas. Não levei nada para rua e procurei debater internamente. Eis que estamos agora no Conselho (Deliberativo) tentando renovar ainda mais o Santa a partir da reforma do estatuto.

TININHO

Tenho certeza que Tininho (Constantino Júnior, presidente) vai conseguir reestruturar o Santa Cruz. Ele tem feito um trabalho muito bom, muito certo e cuidando do pouco dinheiro existente. E não deixando dívidas. Agora, em 2020, essa bola precisa entrar.

ACERTO

A maior exaltação é o componente humano. Só sei trabalhar com o coração. Venho de uma educação humana. Aprendi a abraçar as pessoas. Independente de qualquer coisa. Aquele momento que criamos nos anos de 2015 e 2016 foi fundamental e acho que a bola entrou por causa disso. Não estou dizendo que agora não acontece. Mas é por isso, que sou respeitado por parte da torcida, funcionários e pessoas do clube.

ERRO

Talvez, estimamos mal a participação da torcida. Contamos com 18, 19 mil torcedores por jogo, receita de bilheteria e sócios. Sabíamos que as cotas ficariam presas por conta dos débitos. Acho que falhamos um pouco na comunicação. Não sei se a torcida entendeu os pedidos de socorro que fiz, de ajuda. Mas não importa. Agora estamos no conselho tentando reerguer o Santa Cruz.

NOTA

Bom, se a média for cinco, acho que tenho uma nota seis ou sete. Mas sou exigente. Confesso que fiquei frustrado e decepcionado com o resultado final. Tenho humildade para admitir isso. Queria ter entregue pelo menos o clube na Série B. Acho que assim Tininho (Constantino Júnior, presidente) teria mais tranquilidade. Por isso, me sinto estimulado para seguir trabalhando para que o Santa Cruz volte pelo menos para Série B.

CONSELHO

É mais fácil. As competências são menores. Entrei presidente do Conselho Deliberativo entendendo um pouco mais de futebol, da instituição. Assumi o cargo de presidente do Santa Cruz diria como um ‘menino’. Não sabia como era o vestiário, o futebol. Hoje tenho a obrigação de acertar muito maior por conta da experiência acumulada.

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